A redescoberta que é ver o pó, cheirar o pó,
cheirar a pó. É um rumor inerte, um retrato
tangível de outras memórias perfurantes,
um vazio entre azuis e baços no chão da terra
gritando segredos abatidos ao silêncio ileso.
cheirar a pó. É um rumor inerte, um retrato
tangível de outras memórias perfurantes,
um vazio entre azuis e baços no chão da terra
gritando segredos abatidos ao silêncio ileso.
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Praticar a ciência do pó é viajar pelos gelos
da montanha, um texto insondável de signos
sobre a água, reminiscência doutras águas
de apenas a cognição nua, virgem, das fontes
Praticar a ciência do pó é viajar pelos gelos
da montanha, um texto insondável de signos
sobre a água, reminiscência doutras águas
de apenas a cognição nua, virgem, das fontes
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é desvendar a erosão, o murmúrio de colunas
gregas, efémeras, a inocente exaltação das aves
assim que o sol reacende a festa inadiável
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é desvendar a erosão, o murmúrio de colunas
gregas, efémeras, a inocente exaltação das aves
assim que o sol reacende a festa inadiável
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e contemplar uma indústria sem nome e sem data,
sem prólogo, divina, puríssima, demoníaca.
sem prólogo, divina, puríssima, demoníaca.
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em "Terrachã", ed. AJEA
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Excelente, gostei muito!
ResponderEliminarBeijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas
Engraçado que o pó já foi pedaço de enorme rochas que o tempo acabou diminuindo...
ResponderEliminarFique com Deus, menino Vieira Calado.
Um abraço.
o pó que se transforma e nos vai transformando no misterioso regresso a elemesmo!
ResponderEliminarbom fim de semana
beijinhos
Parabéns, poeta, pela beleza e sensibilidade que exala de seus poemas.
ResponderEliminarEsse pó é a perdição .
ResponderEliminarComplicado, mas belo poema, talvés um dos seus mais profundo, forte e complicado de se ler.
Bjs calorosos.
Viagens em círculo... Do pó ao pó!
ResponderEliminarL.B.
*
ResponderEliminaro pó
que condensou as rochas,
rochas
descondensadas feitas pó,
nas tuas esotéricas palavras !
,
abraço,
,
*
Já fomos (quase) todos reduzidos a pó.
ResponderEliminarAbraço
Meu querido Poeta
ResponderEliminarQuanto lirismo no seu poema...lindo.
Beijinhos
Sonhadora
Pó é o que todos seremos um dia...
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijo d'anjo
Pó..., apenas pó seremos um dia.
ResponderEliminarBeijos!!!
Pó..., apenas pó seremos um dia.
ResponderEliminarBeijos!!!
Vim deixar um beijinho e bom Domingo
ResponderEliminarNOTAS SOLTAS
Notas muitas notas...
Soltas e não só...
E eu, vou tomando notas...
Para um dia poder recordar...
Tomo notas, do céu e da terra...
Da lua e das estrelas...
E vou tomando notas...
Com o coração a bater...
E com o sentir da vida...
Do mundo e de ti...
E continuo a tomar notas...
E nestas notas, escritas por mim
Eu escrevo também para ti...
E debruço-me sobre os meus braços
E... continuo... a tomar notas!...
LILI LARANJO
Quando se é Poeta , até o pó serve de inspiração para um belo Poema !
ResponderEliminarSinto-me honrada por ter recebido sua visita no "Despertar", e ao chegar aqui me pergunto...como não me encantar com cada letra?
ResponderEliminarSaudações poéticas a ti também, por certo vim para ficar.
Muita Luz pra Ti
Afinal o pó está presente em toda nossa vida e raramente lhe damos o "valor" necessário.
ResponderEliminarBoa demana
jito da gota
Na terra seca que é ungida
ResponderEliminarpelas águas do céu em ebulição
o pó é um canto de pele tingida
que nos toca o olfacto da sensação
e retrata um outono de vida...
assim é poeta, num silêncio
algumas das sensações, que penso!:)
Beijocas com saudações poéticas
Meu Caro Vieira Calado
ResponderEliminarEUREKA.
Já faz tempo que não tenho notícias suas. Não por~falta de visita aos seus espaços, pois sou um seu seguidor. Mas... o meu querido amigo com os seus afazeres, bem sei que não dá tempo para tudo.
100 anos passados após a implantação da República, não sei se é de louvar o País que temos. Amo o o meu pais demasiado para para poder aturar estes crápulas todos. Sei que vale a pena Lutar, mas só vejopela frente Moinhos de Vento, qual D.Quixote de La Mancha. Ainda terei de reunir as ostes, arregaçar as mangas ,pegar nos bastões e, seguir a minha saga. FRENTE DE COMBATE.
Um grande abraço e, que essa veia poética nãose esgote.
Viver e cheirar o pó. Ser o que se é; natureza e essência na sua mais pequena e fundamental particula.
ResponderEliminarUm beijinho, Vieira Calado
O pó a que voltaremos...
ResponderEliminarO pó que adubará a semente...
O pó...também vida.
Um abraço!
Pó... do que somos e seremos...
ResponderEliminarGosto do cheiro do pó da terra molhada :)
bjs
um dia todos seremos isso
ResponderEliminarpó
um poema invulgar...
um beijo
Pó também fonte de vida, alimento.
ResponderEliminarUm beijo e boa semana
excelente, assim ja tenho uma desculpa para nao limpar o po... ele e pura poesia, obrigada :):)
ResponderEliminarhehehe
brincadeiras a parte... lindissimo com sempre
Beijos
Paula
Senti-me tão bem a ler o poema que o li mais que uma vez.
ResponderEliminarBeijinhos
OI Vieira
ResponderEliminarsaudade de vir aqui.
A vida as vezes fica corrida , mas seus poemas são sempre transbordantes e me trazem e volta!
e ao pó voltaremos também rs
abraços
Olá Poeta,
ResponderEliminarSó mesmo um poeta como o Viera Calado faria um poema ao pó, e com tanto para dizer!
Eu sou decididamente uma fã sua!
Bjinhos
Céci
Do pó que seremos. Do pó que rodeia as pedras, as árvores, as casas e nos rodeia a nós.
ResponderEliminarSó você amigo, Calado para fazer um poema ao pó...
Beijos.
Sóoo..rs
ResponderEliminarbjs.Sol
Não entendem que o pó é começo e fim.
ResponderEliminarÉ tudo e nada, ou qualquer coisa que queira que seja, po- demos chama-lo de amor, vida, sonhos que diluísse no ar, levados por pó-eira de ventanias, e também é o duro coração esmiuçado por tristezas... abraços póderoso poeta.
Laura
ResponderEliminarQuando falamos, estudamos o magma das rochas, mal sonhamos que que foram seres que existiram, assim como nós vamos desaparecer um dia, outros o fizeram antes de nós!... Um dia faremos parte das escavações... que os terramotos hão-de chegar aos quatro cantos do mundo!
Um beijinho da laura do resteadesol com pena de não nos encontrarmos aí. Fica para o ano que está quase..
O início e o fim de um ciclo.
ResponderEliminarAté que os elos se fechem restará muita coisa que o pó será capaz de absorver ou de preservar...
Um abraço
Meu querido...quanta beleza em seu poema...quantos mistérios e segredos na aparente simplicidade de um pó...
ResponderEliminarFique com meu carinho e beijos...
Valéria
Verdadeiro ciclo da vida..
ResponderEliminarBoas energias,sempre
Mari
Olá amigo!
ResponderEliminarMe lembra que do pó viemos e a ele retornaremos. Penso no pó da terra, porque aqui esta palavra tem o significado infame do tráfico e do mal. Da terra, somos o sal, o pó reciclado e reorganizado, somos montanhas e rios, céus e mares, somos a essência. Belo poema!
Beijo!
o pó como signo da passagem do tempo sobre a terra, as edificações, as gentes, as memórias. um poema de excelência, Vieira.
ResponderEliminarabraço.
eu acabo chegando em um blog de um poeta maravilhoso atraves da maravilhosa Betty Gaeta e como já escrevi uma vez para ela ela é a minha musa do bom gosto e me coloca diante a uma poesia trabalhada, complexa mais em uma liguagem que atingi a alma, que preeche o ser, poesia como deve ser feita e vivida
ResponderEliminarVieira, meu amigo!
ResponderEliminarTu somes só para nos deixar com saudade, rs. Mas quando voltas, nos trazes "a exaltação das aves."
Belíssima Poesia!!!Bjssss