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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

OS TEUS OLHOS

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Os teus olhos perpetuavam a lembrança dos grandes rios

perpassando na bruma antiquíssima da montanha

e tinham o silêncio trémulo transparente das estrelas

que se extinguem ao clarim da aurora

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Os teus olhos tinham a serenidade dos grandes dias

iluminando a cinza prateada das escarpas

na cor serena tranquila das memórias

que renascem ao clarim da aurora

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Os teus olhos tinham o sussurro rumorejante das ervas

onde crescem os ventos ágeis da planície

a luz milenar da manhã primeira

que me acordou ao clarim da aurora.

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