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Nunca é demais celebrar a casa,
o lugar onde mitigamos as nossas memórias,
a nossa simplicidade nas esperas.
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É o lugar para soletrar segredos à nossa própria impiedade,
num desespero secreto, alheio aos rumores que vêm
do mais fundo das trevas
onde mergulhamos a cabeça vigilante.
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Partimos dela para as lonjuras, a cisma e a ficção,
a utopia de estóicos logros.
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E recomeçamos pela madrugada
a contar os dias lestos que definham
no ar parado dos mistérios duradoiros,
na roupagem do silêncio e do enlevo
pelo infinito dum beijo prometido
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em "Causas de Habituação", a publicar