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Cantai ainda, sob as árvores
à beira rio, entre noite e dia.
Que as chuvas vos acordem
num dilúvio
de gestos feitos de alegria.
A fresca madrugada
se abra à luz
sonora e alada.
E que seja brando o vento
dos dias caindo devagar
sobre o teu rosto
de olhar, por fim, a terra amada
à luz do sol resplandecente
na pura harmonia do poema.
em Poemas Soltos & Dispersos, volume I, ed.litoral