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sexta-feira, 4 de julho de 2008

poema às manhãs

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.MANHÃS


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Ah manhãs distantes

da minha infância

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como vos lembro e relembro

e choro e me entristeço

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Aqui

apenas me apareço

espectador dos outros e de mim

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barco de rumo incerto

ao provir ou ao fim.

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em "37 Poemas", o meu 1º livro, 1961, esg.

domingo, 29 de junho de 2008

poema às memórias

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São as memórias que sustentam

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São as memórias que sustentam a leveza do ar,

num exercício renovado de mistérios lentos

anunciadores dos sonhos.

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Vivem em nichos vagabundos

perto do ruído das ruínas,

longe dos rios que não descansam

no ombro da margem

num tempo para fruir a leveza dos malmequeres

abruptos dos caminhos.

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Acendem-se noutras memórias

e refazem os aromas antigos,

as cores redundantes

da paisagem que flui, .já ontem.

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Um dos meus poemas que saiu no nº 11 da série DiVersos, (colectivo) edições Sempre-em-pé, Verão de 2007.

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Também com a chancela das Edições Sempre-em-pé vão ser apresentados o nº13 da série DiVersos e, ainda, os livrosGloria Victis”, de Carlos Garcia de Castro e “Rio Abaixo, Rio Acima”, de Tobias Burghardt, edição bilingue português-alemão, com tradução de Maria de Nazaré Sanches, na Casa Fernando Pessoa, Campo de Ourique, em Lisboa. As apresentações têm lugar no dia 3 de Julho, às 18 horas. A entrada é livre.

Mais informações:

www.sempreempe.pt
contacto@sempreempe.pt