Cigarros voam por cima dum balcão
em movimento
à beira da vertigem
prolongada pelo fumo.
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Evapora o tempo dentro dos copos
cheios de névoa
abundantes do ar
que respiramos com os olhos.
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Correm os fluidos no pensamento absorto
em labaredas de palavras.
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E tudo é a efervescência dos dias vagos
imersos numa taça de marfim
no dia noite
por onde passam os instantes
que refazem o discurso das origens.