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domingo, 31 de maio de 2009

POEMA AO MEU ESPAÇO

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Cerca-me o espaço que não vejo

a curvatura relativista

de meus olhos, o horizonte

que entra a fundo no meu corpo,

a claridade das formas

que se incendeiam.

.

O meu espaço foge

aos tensores de Riemanm

alarga-se a alaga-se

num lago próximo.

.

Desconhece as leis da física,

permanece à luz

e pertence aos artifícios da luz,

como silhueta duma árvore

respirando a interior volúpia

das águas móveis.

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