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Subi um dia pela tarde aquele monte
donde as coisas do mundo que habitamos
fazem crer-nos, de longe, que julgamos
ver de perto, ao longe, o horizonte.
Alta serra de luz cegando a fronte,
quando ao ponto mais alto nos chegamos
das coisas desse mundo que avistamos
já não vemos se vemos lago ou fonte.
E do alto da serra contemplei
em plena luz, a luz que iluminava
o aparente sossego que reinava.
Desci depois do ponto onde cheguei,
mas só quando na terra descansei
é que entendi que a vista me enganava.
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