“...A vista e o ouvido
oferecem aos homens alguma certeza,
ou não será verdade,
como não cessam de contar os poetas,
que não ouvimos nem vemos seja o que seja de exacto?”
Sócrates
como não cessam de contar os poetas,
que não ouvimos nem vemos seja o que seja de exacto?”
Sócrates
.
Para entender o que os
olhos vêm, a inexactidão das coisas,
o vigor do tomilho que
ateima em seduzir os lábios
que soam nas palavras as
cores da utopia
é preciso uma voz que
diga a brisa da frescura na planície
sem tempestades de areia
e pó
a oferecer uma flauta
para ler os horizontes.
Nada do que é parece ser,
nem a dor que permanece
ao fim do dia no declinar
das rosas
ou dos enganos
transparentes.
Nem de ouvir
pela pele ressequida duma
flor.
Nem de sentir perfumes de
mulher sob as escadas
como parecia que era o
céu.
Nem o fogo que queima a
plenitude do amor.
Nada é senão o brilho
ofuscante igual aos nossos olhos,
um diamante translúcido,
a iluminura duma estampa antiga
que deita uma sombra
sobre a sombra dos orvalhos.
.
em "Diccionário de Citações", a publicar
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