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Um dos poemas do meu livro
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"Por detrás das Palavras"
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(esgotado em Portugal)
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a sair brevemente, em S. Paulo, no Brasil .
Expirados são os prazos, expostas estão as certezas
dos migrantes da terra direito às profundezas
- a nossa mais delicada reflexão.
É breve o juízo que fazemos das coisas. Breve
a matéria conhecida dos afectos, das dúvidas,
para deduzir equações inteligíveis.
Sofremos a candura dum olhar benévolo
por cada passo, por cada aceno de mão
dum outro viandante que se perde na estrada,
às escuras dum novo dia
e entendemos nessa predestinação a nossa luta.
Mas o caminho foi rasgado num golpe de vento
numa ravina cheia de indícios de fogo morto
num rio indolente que sabe o vigor do mar,
as rédeas dum chicote brandido à noite.
Percebemos o milagre violento dos magmas
por ver as cinzas jazidas nos corpos ardentes,
ao nascer da aurora inquieta das palavras.
Experimentamos o encolerizar das últimas
vozes da terra, nuas de desespero,
frias de lembranças destroçadas e acesas
pelo sal cristalizado num deserto de água.
Mas somos o nosso último pretexto para amar a terra
e os seus enigmas instintivos mas obscuros,
com que descrevemos a laboriosa seiva das árvores.
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em "Por detrás das Palavras", Edição Beco dos Poetas, S. Paulo
olá amigo, passei para deixar um abraço... terê.
ResponderEliminarBelo poema. Avise quando o livro estiver por aqui.
ResponderEliminarAbraços.
PAZ e LUZ
Poema forte !
ResponderEliminarBela escolha de palavras.
Obrigada pela visita .
Espero que esteja tudo bem.
Beijos
Caro amigo V. Calado;
ResponderEliminarAté os prazos têm um prazo limite, mas nunca para apreciar a bela poesia, aquela literatura que nos prende a frases que por vezes percorremos vezes sem conta até acharmos "o fio à mesada", porque por trás dessa meada há um outro fio que as cose!...
Grande abraço amigo.
Osvaldo
Magnífico!!
ResponderEliminarUm hino de amor à terra!
ResponderEliminarAbraço
poema para se ler várias vezes..
ResponderEliminarpalavras que nos fazem pensar..
e a cada vez que lemos, descobrimos algo mais..
bjs.Sol
Somos sempre os últimos seres sobre a Terra!
ResponderEliminarVale a pena aqui vir e respirar esta escrita soberba, impregnada de sensibilidade e de cultura autêntica.
ResponderEliminarHá tantas erudições balofas por aí... com mestrados à mistura, querendo ser lebre, mas não passando de gato rafeiro...
Lindíssimo poema. Boa sorte para o lançamento no Brasil.
ResponderEliminarAbraço
Vieira!
ResponderEliminarUm poema intenso e real. Suas pausas fazem com que o calafrio minimize.
Parabéns!
Beijos, poeta!
Mirze
Sublime como sempre, Poeta.
ResponderEliminarUm abraço
Boa semana
Olá, amigo!
ResponderEliminarO tempo urge...
"mas somos o nosso último pretexto para amar a terra e os seus enigmas"
antes que seja tarde demais!...
Bom fim de semana!
.♫♫°°º
°º♫ Beijos ღ°º
♥°º
.•♥¸.•´•Brasil°º
♥
Um poema intenso e maravilhoso, um alerta e reflexão ao nosso relacionamento com o nosso planeta, cada vez mais maltratado.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria
Que lindo poema, poeta! Que legal ter seu livro lançado no Brasil, parabéns e sucesso! Beijos
ResponderEliminarFabuloso poema Mestre Vieira Calado.
ResponderEliminarSublinho a beleza destas palavras:
«Percebemos o milagre violento dos magmas
por ver as cinzas jazidas nos corpos ardentes,
ao nascer da aurora inquieta das palavras.»
Magnificas.
Fico feliz em saber que o seu livro vai ser lançado no Brasil. Desejo-lhe os maiores sucessos.Merece-os.
Saudações poéticas e um bjito de amizade
Regressei do Brasil e como estive muito fora de São Paulo, não tive oportunidade de telefonar. Lamento
ResponderEliminarpor isso...
Mas o Brasil para os poetas não é o eldorado que se imagina por cá.
Já tive oportunidade de Editar em São Paulo, mas desisti por essa razão e pela opinião sincera do próprio Editor.
Espero que seja uma excepção e
felicidades para o seu livro e seus
poemas que são lindos.
Mas a decepção é exactamente São Paulo onde tenho casa e a conheço muito bem, como é óbvio.
Mas não faça como eu, vá em frente
e vê a reação que pode ser positiva.
Estive numa exposição à obra de Fernando Pessoa, no centro Paulista,
no Museu de Arte Portuguesa.
Estive numa outra, onde disseram poemas de vários poetas de várias nacionalidades e de poetas portugueses só disseram Fernando Pessoa e todos os heterónimos.
Mas há surpresas!
Felicidade lá por Sampa.
Maria Luísa
Olá Vieira!!!
ResponderEliminarEstamos todos carentes desse olhar benevolente...a vida nos cobra um ritimo que não alcançamos.
Esgotou-se todas as possibilidades,até chegarmos a esse último pretexto...somos a doença e também a cura.
Obrigada pela sua visita...É muito bem vindo!!!
Um Bom Domingo
Bjs
Você resumiu de uma forma expetacular as relações humanas.
ResponderEliminarA intensidade das palavras nos absorve e nos conduz a uma bela reflexão.
Caminhos poéticos que te trouxeram ao Brasil,parabénssssssssssssssssssss.
Beijos millllllllllllllll
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ResponderEliminar.
. sentida a falta . trocada a ausência pela permanência .
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. seja bem.regressado . Senhor da Palavra .
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. abraço.O .
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Benvindo de novo a este espaço com mais um excelente Poema !
ResponderEliminarSejas bem-vindo por cá, nessas terras hospitaleiras.
ResponderEliminarComo cantste no belíssimo poema,assistimos, agora, ao encolerizar das vozes da terra.Bem terrível!
Concordo com tuas palavras e as uso também: expirados são os prazos.
Beijos e sucesso.
Obrigado pela visita meu amigo.
ResponderEliminarSeja bem vindo sempre.
Beijokas.
Palavras inquietadas que sabem sentir o resultado.
ResponderEliminarRebeca
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Bom tê-lo nesta terra, poeta.
ResponderEliminarBelo poema!
"Expostas estão as certezas"- e bem visíveis...
Feliz semana com muita poesia.
Abraço
Saudações poéticas.
ResponderEliminarObrigado pela ilustre presença em meu Blog.
Como todos os outros, um belo poema.
Forte, muito forte!... Já tenho lido Poemas do Vieira calado, mas, há muito que não lhe via a força de tão forte homenagem!
ResponderEliminarBoa semana
Abraço
Lindo,Calado! E que bom que voltaste! abraços,linda semana,chica
ResponderEliminarQue maravilha de poema...e que maravilha seu livro por aqui...
ResponderEliminarEstava com saudades de voce, que bom que voltou...beijinhos e ótima semana
Valéria
Olá!
ResponderEliminarImpressionante!Adorei o poema!
Seja bem vindo de volta!!
Boa semana!
Beijos
Oi Vieira Calado,
ResponderEliminarLindíssimo o poema e ele me dá vontade de ler mais, mas ler de verdade, com livro nas mãos, pois existe uma diferença entre ler na tela do computador e nas páginas de um livro.
Estou ansiosa pelo lançamento de seu livro por aqui.
Tem sorteio no meu bloguito, please … dê uma forcinha, se não estiver participando ainda, participe.
Bjkas e uma ótima de semana para vc.
Perfeita a sintonia entre de palavras E que palavras! Os versos finais são fascinantes e, para mim, verdadeiros.
ResponderEliminarBeijooO*
Um poema forte e tenso...
ResponderEliminarBem vindo ao nosso espaço!!!
Obrigada por teres ido lá...
Saudações amigas
Espero que a ausência forçada tenha sido por muito trabalho.
ResponderEliminarDe qualquer maneira está de volta e isso é o que importa.
Um poema bonito sobre um tema em que o homem tem agido de maneira feia.
Aguardo seu lançamento aqui em SP.
beijo
Avise-me quando vai sair, mestre. Este eu faço questão de ler! :) Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarLindo poema,poeta!
ResponderEliminarObrigada pelo carinho
Excelente semana!
Boas energias,luz,paz,saúde!
beijos
Mari
Um poema que não pode ser lido de uma só vez... Não!
ResponderEliminarReleio o quanto for necessário, para entender esta bela obra de arte.
Vieira, avise- me quando tiver o novo livro à venda... ok?
Uma boa semana.
Beijo.
ola obg pela visita..
ResponderEliminarBelas poesias...
uma boa noite.
Poeta,tudo é breve...Mais um belíssimo poema a inquietar-me.Que bom ter-te de volta.Um abraço.
ResponderEliminarVieira !
ResponderEliminaruma beleza teu poema , gostei!
um grande abraço pra voce !
O amor ao planeta expresso num poema forte e profundo.
ResponderEliminarGostei
bjgrande do Lago
Um excelente poema. Parabéns por publicar no Brasil.
ResponderEliminarBeijos.
Quantos caminhos rasgados num golpe de vento...
ResponderEliminarQue a laboriosa seiva da sua árvore frutifique bastante lá para o lado dos Brasis!
Bjos
Bons textos passa no meu :)
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarDas terras e das águas, dos rios e dos ventos, somos todos observadores e servis coadjuvantes. Bela poesia e sucesso no Brasil! Beijos!
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarGostaria de agradecê-lo pela visita ao meu espaço, desculpe a demora, mas nem sempre dá para retribuir em tempo hábil.
Você escreve de forma muito peculiar e marcante.
Apreciei a leitura...
Abraços.
Querido Poeta
ResponderEliminarIntenso poema...as palavras falam, a como falam, de coisas que por vezes esquecemos...falaram pela mão do mestre.
Beijo
Sonhadora
Gostei muito do poema.
ResponderEliminarQualidade.
Qualidade.
Um forte abraço.
Como sempre mais um belo Poema !
ResponderEliminarUm poema cheio! Como costumam ser os teus...beijos.
ResponderEliminarAs palavras do Poeta dão-nos sempre uma visão diferente das "coisas".
ResponderEliminarÉ preciso apenas entendê-la.
Um abraço.
Querido amigo; ainda que nada esteja bem, a nossa Pátria ainda assim será amada.
ResponderEliminarBelo poema!
Ah, por favor nos avise quando do lançamento.
Beijos
Amigo, gostaria de lhe pedir autorização para poder colocar no meu humilde cantinho o seu poema “ Paisagens” no dia 1 Março, que considero maravilhoso, é claro que terá todos os créditos e a indicação do seu blog.
ResponderEliminarVirei depois ver o seu parecer sobre o meu pedido.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria