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Já não era possível voltar atrás,nem era possível fitar o caminho passado
com a alegria de o ter vencido.
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Agora todo o arco do céu se recobria das suas cores nítidas
com fantasmas de luz fátua, constelações austeras,
andrómeda e hidra,
ainda o mesmo mistério obscuro
calava as serpentes de sedução que se enroscavam nas árvores,
à beira da mais pura lídima transgressora alegria.
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As póstumas metáforas de sol dardejavam desejos imprecisos,
obsessões ímpias, espectros.
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Soava uma melodia melancólica que anunciava o principio do fim,
como se ouvíssemos um piano moribundo indo para os graves.
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Agora tudo se resumia a um espasmo de nocturnas
efémeras mariposas despedaçadas ao calor do dia claro,
amaldiçoando os regressos da luz,
a luz coada etérea das estrelas que para sempre brilham nos céus
e que espalham os seus ocasos imperceptíveis vagarosos,
nos olhos dos condenados.
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Inédito
Poema forte. Gostei.
ResponderEliminarUm bj querido amigo
Já não se podia mais voltar atrás, não mais...
ResponderEliminarEm definitivo, não havia caminho de volta...
Quem são os condenados e porquê da condenação.........?
ResponderEliminarSeremos nós também esse grupo que se arrasta longamente enroscando-se nas árvores....?
Um poema pesado em que as cores do Céu são fantasmas e as constelações austeras.........
Querido amigo, apenas lembranças que já não podem ser revividas. Adorei o poema. Tenha um lindo final de semana. Beijocas
ResponderEliminarO poema deixe sempre uma marca diferente aos olhos da alma.
ResponderEliminarBeijooO*
Senti as barras frias
ResponderEliminarNo calor das minhas mãos
Privadas à liberdade das estrelas
Ouvi os segredos do vento
Arco de violino tangendo as cordas do tempo
Fiz-me corpo de árvore sibilante
Transgredi a tristeza do ocaso
Desenhei um arco de céu na minha cela
E chorei solidariamente os olhos cegos
Por um orgasmo do Sol
Os últimos versos do teu poema nos revelam o sentir mais intenso de uma condenação.
ResponderEliminarLindo demais!
Um abraço
de uma certa forma estamos presos e condenados à esta vida..
ResponderEliminarbjs.Sol
Um Lindo Poema ! Qualquer que seja o tema , os Poemas são sempre muito bem conseguidos !
ResponderEliminarUm poema forte e bem conseguido.
ResponderEliminarAs estrelas sempre brilharão no céu...não sei se brilham para nós...
Em nós só as recordações sobrevivem.
Parabéns Mestre Vieira Calado, pela sua escrita.
Abraço amigo
Lindo e forte, poema!
ResponderEliminarOs condenados sempre me entristeceram, O mundo fica mais real com a presença deles.
Se é que em outro sentido todos nós não somos condenados de uma forma ou de outra.
Belíssimo, Vieira!
Beijos, poeta!
Mirze
Vieira,
ResponderEliminarseu poema recheado de lembranças boas me fazem esquecer um pouco a realidade triste que passamos.
Um beijo
Olá poeta, escrita intensa e primorosa que conduz á reflexão... UM ABRAÇO.
ResponderEliminar...todos nós somos efémeras mariposas procurando a luz...
ResponderEliminarSinto-me condenada, procuro o brilho das estrelas e só vejo nuvens...
ResponderEliminarBeijinhos
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ResponderEliminarHá tristeza e desencanto nesses versos... Uma beleza medrosa e assustada no seu poema.
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Olá!
ResponderEliminarNão tenho outras palavras pra expressar o poema. Também senti trsiteza e desencanto. Muito lindo!
Você disse que foi artesão. Parou de vez?
Tenho uma irmã que sempre gostou de poesias e agora está compartilhando. Falei de você.
Se quiser ver o blog dela http://instanteseunice.blogspot.com
Bom final de semana.
Abraços
Lindo poema, dando pra bem imaginar a cena...abraços,chica
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarQue bom que chegaste até aqui. Espero que tenhas lido algum poema. Obrigada pelo convite à sua comunidade, gostei do poema! Aos poucos vou te lendo. Abço.
Olá Poeta,
ResponderEliminarOs poemas jamais estarão condenados enquanto houver mãos como as suas que os desenham e leitores ávidos de os ler.
Um beijo
Boa semana
Um poema diferente do habitual mas nem por isso menos belo...
ResponderEliminarSeremos tambem nós um pouco desses condenados? Creio que sim...por várias razões!!!
Bj
Graça
Tenhamos a coragem de não nos deixarmos condenar!
ResponderEliminarBjos
Um fim que se desenha, de forma não imperceptível, quer nos olhos, quer na memória.
ResponderEliminarA beleza da melancolia...
Beijinhos.
Texto brilhante...gostei muito.
ResponderEliminarabraços
de luz e paz
olá amigo calado, passei para deixar um bju, e se gostar, venha pegar um selinho...tere.
ResponderEliminarSedução da luz com asas em sua volta
ResponderEliminarespasmos de dor na condenação solta
moribundos todos, melancolia e revolta...
que a paz e alegria possa ter volta!
Gostei do que interpretei!
beijinhos poeta
boa semana
Somos mais de sete milhões de condenados a respirar o mofo e o ranço de boliqueime.
ResponderEliminarAbraço
Como um descer, vida abaixo, arrastando algemas.
ResponderEliminarDenso, cheio de gente triste dentro.
Deixo a minha admiração.
L.B.
Todos somos condenados da vida, em que os caminhos do passado se vão desvanecendo no tempo e o futuro é uma incerteza.
ResponderEliminarTenha uma exclente semana
Beijinhos
Maria
Achei interessante a sensação que tive ao ler este poema, o desejo do poeta é escrever, as sensações ficam para o leitor, o que não deixa de ser proposital né?
ResponderEliminarPor um momento vi todos presos, sem direito ao regresso.Dai a te fazer as mesmas perguntas de Luiz:
Quem são os condenados e porquê da condenação.........?
Seremos nós também esse grupo que se arrasta longamente enroscando-se nas árvores....?
bjinhos.Boa semana para ti.
Obrigada por sua visita.
ResponderEliminarEstou aqui encantada com a sua poesia.
Posso postar alguns de seus poemas em meu blog?
Abraço
Todos somos condenados a algo...se é que condenados é a palavra certa.
ResponderEliminarExcelente texto!Tenha uma semana cheia de dádivas,boas energias!
ResponderEliminarbjs,
Mari
Excelente texto!
ResponderEliminarTenha uma semana cheia dedádivas,boas energias!
bjs,
Mari
condenados de vida ou da vida...
ResponderEliminarbonito e dolorido poema
beijinhos
Estaremos nós entre esses condenados? Não sei...
ResponderEliminarCumps
BELO QUADRO POÉTICO...PARA UMA REALIDADE TÃO PRÓXIMA DE NÓS... OBSCURA...
ResponderEliminarBJS
Belo poema, mestre!
ResponderEliminarUm abraço
Caro amigo,
ResponderEliminarGostei de ler o seu poema. Intenso e sombrio.
Abraço
Olá meu querido,me perdoe pela demora mas estava viajando.
ResponderEliminarGostei do seu poema,movido por beleza e requinte embora o tema abordado ñ seja tão agradável assim.
A condenação é cruel,muito bem faz aquele que segue fazendo o bem,a julgar pela viagem é garantido que a caminhada ñ é nada boa.
Parabéns.
Beijos.
Seria então o início do fim ?
ResponderEliminarBeijão
Olá, meu bom amigo!
ResponderEliminarRetomando às minhas visitas aos cantinhos amigos... Deparo-me com este poema forte e lindo. Parabéns!
Beijinhos
Ceiça
Belíssimo espaço, de maravilhoso conteúdo poético.
ResponderEliminarParabéns!
Sigo-te.
Abraços
No meio militar recusa-se sempre a manobra de voltar atrás.
ResponderEliminarO que é dito é que se deve dar meia volta e continuar em frente.
Claro que percebo o sentido do teu verso e do excelente poema.
Um abraço
abraço, caro Poeta.
ResponderEliminarum excelente poema. como é teu timbre...
abraços
...nao desânimo nao...ainda me resta o brilho das estrelas...
ResponderEliminarbrisas doces para si*