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Uma casa em pedra
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Uma casa em pedra é um lugar onde se fabricam
os utensílios mais fraternos, talvez o lugar próprio
para descobrir a nossa vocação para plantar lírios
à beira das veredas, no caminho interior do lar.
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Nela se redescobre a teimosa mão do poder das cinzas
à lareira, um jarro de água sobre a mesa, o pão amassado
na véspera, ante o alvoroço anónimo das crianças
ao odor das leveduras ainda frescas, transfiguradas.
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Dentro das pedras se erguem as vozes vindas da planície
como se viessem da própria casa, do mais íntimo da terra,
misturando-se o apelo das águas e as narrativas
de animais nocturnos, obscuros, na fronte das montanhas.
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E é daí que se lê a premonição das estrelas circundando
o destino de ervas e bichos que se fundem aos processos
por onde o vento soa, geométrico, um tempo sem data,
uma verdadeira abstracção de objectos nus, imaginários.
Agora veja aqui como a amiga Eliane do blog ,
Calado
ResponderEliminarAfortunada sensibilidade que tão bem descreve o que realmente se sente numa casa de pedra.
Tudo isso eu também sinto, vejo e toco nas casas de pedra que fazem parte da minha vida.
Um beijinho
Linda poesia e a apresentação também, só que, quando abri a apresentação está em PPT, eu transformei pra mim, em PPS...Linda demais!
ResponderEliminarAbraços...
Posso repassar para os meus amigos?
Saudades de vc, querido!
ResponderEliminarBelo poema.Como sempre adoro.
Bjs de cá.
como sempre uma festa para o sentimentos
ResponderEliminaro pps esta girissimo
Joaks
Paula
Felizes os que podem ter uma casa em pedra!
ResponderEliminarGrande abraço.
VIEIRA CALADO: "VEJO" e SINTO... CESÁRIO VERDE, na temática, na forma parnasianista, nas Sinestesias...EMBORA O SUJEITO POÉTICO PAREÇA AFASTADO DE TUDO, NÂO A VIVER MAS A OBSERVAR...
ResponderEliminarABRAÇO DE LUSIBERO
Grande poema, oh amigo Vieira!
ResponderEliminarGostei. Boa noite e um abraco para Lagos
Linda apresentação em pps,maravilhoso trabalho!
ResponderEliminarBjs
Uma casa de pedra é isso mesmo...ninguém poderia defini-lo melhor que o meu amigo poeta.
ResponderEliminarbeijo
sublime! perfeito! incontestavel!
ResponderEliminarconsegui ate sentir cheiros: do pão ,do vinho,da flor! se havia estrela no céu eu não sei,estava muito ocupada te vendo brilhar!
hoje muitos xeros brasileiros
flores? te envio
depois.
O poema é lindo e o trabalho de Eliane o deixou fantástico.
ResponderEliminarParabéns aos dois.
Aquela sensação de gelo, que a pedra transmite, não a sinto ao ler esta poesia.
ResponderEliminarGostei imenso.
Um beijinho amigo *
Acabei de ler o teu livro. Uma maravilha! Acredito que vai ser um autêntico sucesso. Um destes dis na minha página "Os meus poetas" dás-me licença que edite um dos teus poemas??
ResponderEliminarGrata. um beijo
Graça
Sarava!
ResponderEliminarParabéns a ambos!
beijinhos
O poema é belíssimo por si só, mas com esta apresentação da Elaine ficou soberbo!
ResponderEliminarabraço
lindo, lindíssimo o poema e a composição!
ResponderEliminarmeu amigo, já lá está, sem grandes "trabalhos", fiz o que sei!...
espero que esteja bem, simplesmente!
beijinhos
Intemporal,lindo!
ResponderEliminarBeijo
Isso me fez lembrar quando Leonardo Boff fala do planeta, pela grandiosidade que é, como se estivéssemos dentro de casa, pela amabilidade e delicadeza a cada palavra pronunciada, como aqui senti ao ler palavra a palavra, do micro ao macro me transportei.
ResponderEliminarNo final pensei, Calado vc esta falando de minha morada, a Terra
Bjs
"Plantar lírios à beira das veredas"... Se todos pudéssemos...
ResponderEliminarAbç
Que maravilhoso poema!
ResponderEliminarUma casa de pedra..."talvez o lugar próprio para descobrir a nossa vocação para plantar lírios
à beira das veredas".."Uma casa em pedra é um lugar onde se fabricam os utensílios mais fraternos"...Uma casa plantada bem longe de todo o caos da nossa vida atribulada, corrida e perigosa.
Abração Mestre!
À beira do mar?
ResponderEliminar:)
Olá Poeta!
ResponderEliminarEm todas as casa de pedra sempre tem algo que nos prende,quanto mais este belo poema.
Beijinho
Já cá tenho uns quantos para ler em papel!
ResponderEliminar:-)
Obrigada.
Um beijinho.
coração acarinhado.\0/.
ResponderEliminarOlá poeta!
ResponderEliminarInteressante, intrigante e bem escrito.
Abçs
Adriana
Olá Vieira Calado,
ResponderEliminarPoema liiiindo!!!!!!! PPs maravilhosa.
Passar por aqui é lavar a alma
O poema que já conhecia é muito bonito, mas a apresentação em pps ainda ficou mais bonito, já que a autora escolheu imagens belíssimas e que traduzem o sentido das palavras.
ResponderEliminarE então fica bonita a praça do infante que vai ser inaugurada amanhã?
Um abraço
Belíssimo poema.
ResponderEliminarGrande abraço
Lidíssimo e de tal maneira forte que conseguimos estar lá , na casa de pedra .
ResponderEliminarBeijo
belissimo poema
ResponderEliminarNão o senti como no pps mas isso não retira beleza igual ao pps
Abraço aos 2
Cheguei aqui através do blog da Stella.
ResponderEliminarBonitos poemas! Parabéns pelo blog.
Abraços.
Pessoal...forte...para pensar! Abraço
ResponderEliminarSensibilidade nas palavras, perfumo nas quadras e ritmo na leitura do poema.
ResponderEliminarAmigo, como sempre, um belo momento aqui encontro.
Um abraço
Luis
Parece a casa da minha avó paterna!
ResponderEliminarEssa casa também era um poema...
Abraço
Agradeço por passar pelo meu blog, não somente pelo comentário, mas especialmente por me conceder a oportunidade de conhecer o teu! lindo!
ResponderEliminarjá sou sua seguidora..
abraços
BELA CRIAÇÃO FRÁSICA...A CASA ,O LUGAR SAGRADO DA FAMÍLIA
ResponderEliminarBJO
Bela montagem de fotos que completam as palavras do tema.
ResponderEliminarO ser humano gosta de se sentir protegido das "agressões" sejam elas quais forem, ou venham lá de onde vierem...Uma casa de pedra faz-nos sentir essa protecção. Estarmos simultâneamente em contacto com elementos naturais, a própria pedra talhada.
Por muito humilde que seja, sente-se uma protecção diferente, de qualquer outro material de construção utilizado.
Forte abraço
Bom fds.
Mer
Belíssimo poema q fez sentir-me em casa, e em pps ficou magnífico,
ResponderEliminarparabéns!
Obrigada pela visita em meu cantinho(blog)...
Adorei o seu, e com certeza virei sempre lhe visitar aqui!!!
Um ótimo FDS ... bjsssss!!!
Amigo Vieira Calado,
ResponderEliminarSe belo é o poema, o pps está fabuloso... e a ruralidade encanta-me.
Obra de artistas, meu caro amigo.
Parabéns.
Tem um bom fim de semana
Um abraço
Maravilhoso, Vieira!
ResponderEliminarVi o PPS e sempre imaginei que em algum lugar do mundo poderia existir um cantinho=pedra se confrontando com o etéreo e transmutando em verdade pura a simplicidade da vida!
Parabéns, Poeta!
Beijos
Mirse
Belíssimo poema e complementado com excelentes fotos, com muita sintonia.
ResponderEliminarBeijos estrelados
Poema e pps maravilhosos! Gostei muito
ResponderEliminarAmigo, peço desculpa por não ter estado no lançamento do livro em Faro. Afazeres inadiáveis impediram que isso acontecesse.
ResponderEliminarIrei comprá-lo muito em breve.
Beijinhos
Tenho que ir aí para ler também a premonição das estrelas... a ver o que o meu futuro, nesta confusa vida que levo, me irá trazer...
ResponderEliminarGrande Poeta,
ResponderEliminarUm poema que nos entra pela alma dentro e nos faz recordar os cheiros do tempo da infância que se vai distanciando.
O PPS está magnífico. Parabéns a Eliane.
Perfeita conjugação.
Lindo.
Um beijinho.
uma casa de pedra que nos atravessa de afectos
ResponderEliminartão íntima como os segredos da água
tão uterina como o ventre da terra.
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um beijo Vieira Calado.
Soberbo. Maravilhoso. Parabéns ao poeta e à sua amiga Eliane.
ResponderEliminarUm abraço
Carmo
Uma poesia em quase-prosa rematada por um final maravilhoso.
ResponderEliminarAmigo Calado,
ResponderEliminarComo eu gostava de ter no campo uma casa feita de pedra. É um sonho antigo.
Obrigada pela visita ao meu blog- Foi uma bela surpresa. Venha mais vezes.
Abraço
Mara
Essa premonição que as estrelas circundam, diz-me muito. É sempre um prazer ler-te...
ResponderEliminarBjs
Chris
Amigo Calado
ResponderEliminarEu, Cata-vento, também sou a Sophiamar. Percebes agora? Sabes como enviar-me o livro.
Beijinhos
Bem-hajas!
...
ResponderEliminarTodas as casas de pedras têm o perfume da vida
...e entre esse perfume
se agita teu poema.
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Prazer..:-)
(a)braços,flores,girassóis.
poeta te amo com pedras. te amo sem pedras.tb com flores.com muitas estrelas.algumas delas vc fez surgi em meu céu. beijão.
ResponderEliminarDeu conta do meu depósito do livro? Obrigada.
ResponderEliminarUm beijo e bom fds
Graça
Olá Poeta Vieira Calado!
ResponderEliminarQuando vejo uma casa de pedra, logo começo a pensar tudo aquilo que ela poderia contar de falasse, e tu transmitiste isso de uma forma que adorei.
E o PPS da Eliane a ilustrar o teu poema está lindo, lindo e lindo.
Simplesmente Adorei
Bjinhos
Céci
É sempre bonito vir aqui ler o que escreve.
ResponderEliminarBeijinhos
Ambiente que a memória arquivou e que fizeste reverdecer.
ResponderEliminarAbraços
O poema,belíssimo, já o conhecia.
ResponderEliminarGostei de o ver associado às imagens!
Parabéns aos dois!
Um beijo.
Uma casa em pedra,uma lareira,pão amassado,crianças,planície,o aconchego familiar,a união,que se pode querer mais,é o paraíso.
ResponderEliminarBoa semana.
fizestes reviver cheiros de antigamente...
ResponderEliminardantes era outra vida, outros habitos...
Beijos
Bom dia
ResponderEliminarAgradeço a tua visita. É maravilhoso saber que nos lêem e que o que escrevemos trás uma mensagem.
Gostei de vir aqui ao teu canto. De astronomia não me entendo e andei à procura onde nos entendêssemos os dois com a mesma linguagem.
As imagens do poema dão várias construções poéticas e ainda nos trazem recordações antigas.
Desejo que as estrelas continuem nos alumiando neste céu azul onde vivemos, amamos e sofremos.
Um abraço
gostei de ler, a sua fluência poética fez-me sentir nesta «casa em pedra», com seus objectos, suas vivências.
ResponderEliminarabraço.
Beleza, Vieira!
ResponderEliminar'Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais'.
Imagine essa sua casa de pedra, trazendo recordações de ontem num aconchego de hoje!
Bjs, amigo.
Tais luso
o fermento
ResponderEliminarda
campina
[geo.grafia
da união]
*abraço*
Ao poema bordou-se a imagem num dueto
ResponderEliminarmagnifico de sentidos.
Lindo, lindo.
Grata pela partilha.
Bj.
Este comentário foi removido pelo autor.
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