um caminho obscuro, em laje de basalto
cheia de perplexidades e redundâncias,
com um arco-íris num dia sem sol,
.
um caule tardio na incerteza dum pátio
ou a cicatriz duma lâmpada no escuro
das casas disformes, desfeitas em barro.
É uma rua estreita habitada por sombras
de fogos extintos, numa transparência antiga
própria dos répteis que abalaram o planeta.
Não tem nome nem crisântemos às janelas,
é uma rota obstruída pelas ladeiras do sal
ponto de referência, aliás, da tranquilidade.
.
inédito
Ao ler este seu poema, meu caro Vieira Calado, recordei a minha antiga paixão pelo Cesário Verde.
ResponderEliminarSe não se importa vou traduzi-lo, e apresentá-lo no próximo encontro do Círculo Literário de Düsseldorf
a 26 de Junho de 2009. Da última vez houve uma discussão viva acerca do título do seu poema. Dois participantes, que sabem espanhol e italiano, concordaram com a minha tradução, mas não com o título "Unruhe". Eu continuo na minha, que "Unruhe" é a tradução correcta, ou melhor, é a minha interpretação.
Venho regularmente aqui para ler os seus poemas. Não deixo comentários, porque o Vieira Calado tem tantos, que não vale a pena ler os meus.
Espero resposta!
Como sempre muito bom. E não é fácil a arte do soneto!
ResponderEliminarUm bom dia para o "vizinho" da blogosfera!
:))
E há palavras que, juntas, têm um nome: POESIA...!Caro amigo, parabéns por este poema, é soberbo.
ResponderEliminarAbraço.
simplesmente uma rua!
ResponderEliminarcheia de tranquilidade e de tudo o que deixarmos que a habite...
beijinhos
Gostei muito.
ResponderEliminarLi, reli.
ResponderEliminarTem várias belezas, da escrita, da forma poética de dizer.
Tentei andar por essa rua e sentir.
abraços
Se há tranquilidade, não precisa de nome.
ResponderEliminarMais um lindo poema- soneto,onde o elementar fulgura com uma luz radiosa.
A sua luz, Vieira!
Parabéns, poeta!
Beijos
Mirse
Belo texto. Um dia ainda escrevo assim.
ResponderEliminarObrigado pela visita. Realmente me considero uma cara sortudo.. rsrs
Espero que essa sorte continue me perseguindo.
Voltarei mais vezes aqui.
Ahh.. tem texto novo no meu blog. Fique à vontade para retornar.
Abraços
Uma rua sem tempo. Belíssimo poema. **
ResponderEliminarUma rua sem nome... da poesia?
ResponderEliminarGostei,querido amigo.
Beijo meu
E também há um poeta com sensibilidade bastante para nos lembrar dessa rua sem nome,"cheia de perplexidades(....),com um arco-íris num dia sem sol".
ResponderEliminarTambém há um poeta que dá luz às "sombras", quiçá abandonadas à sua própria sorte!
Belíssimo poema.
Um grande abraço
QUERIDO AMIGO VIEIRA CALADO, DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO, EXISTE O QUE DE MELHOR VAI NO SEU... O MEU ACOMPANHA O MEU MESTRE...SUBLIME!!!
ResponderEliminarABRAÇOS DE AMIZADE,
FERNANDINHA
Este poema tem alma dentro!
ResponderEliminarbj
Obrigado companheiro pelas palavras. Que bem me caem no peito.
ResponderEliminarObrigado
Calado
ResponderEliminarTantas são as ruas sem nome, tantas são as sombras que nelas passam, tantos são os nomes...sem rua!
Um beijinho
Gostei muito... como sempre!
para além do nome, desnecessário, esta rua precisava de uma alma... que foi o que o calado lhe deu :) gostei de ler. um grande beijinho.
ResponderEliminarNão tem que ter nome a tranquilidade da tua poesia!
ResponderEliminarImenso, lindo mesmo sem crisântemos! Adorei!
Beijo
Rua que de tudo se despiu, para se vestir apenas de tranquilidade.
ResponderEliminarUm beijinho *
é a rua da poesia , vieira calado ...
ResponderEliminarUm prazer ler este inédito ...
abraço
__________ JRMARTO
abraços.
ResponderEliminarum belíssimo soneto. de que és cultor exigente.
gostei muito
EXPRESSASTE MARAVILHOSAMENTE BEM!!!
ResponderEliminarPARABÉNS!!!
GOSTEI MUITO DESSA DESCRIÇÃO... POÉTICA
BEIJO
Muito obrigado amigo Vieira Calado pelas suas visitas ao meu espaço....
ResponderEliminarContinuação de uma semana pética....
Um poema muito bonito.
ResponderEliminarEstou aguardando o tal texto, de que me falou
Um abraço
O que viria eu descobrir... um belo blog sem duvida... parabéns.
ResponderEliminarJá o estou a seguir...
Parece ser uma rua particularmente interessante!! :D
ResponderEliminarAbraços!
Uma rua sem nome
ResponderEliminaruma rua de silêncio interior
uma rua de um poeta
que quer falar da cidade
que se chama tranquilidade...
Bonito, Poeta Vieira Calado (dá-me um certo prazer dizer este nome - um dia eu conto :) )
beijo meu
caminhei por essa rua, onde encontrei vida e tudo o que a veste
ResponderEliminarmuito bom o teu poema
beijos
"Uma Rua sem nome" mas com muitas palavras que refletem obscuridades e contrariedades e essas oferecem tranquilidade e poesia no seu maior saber.
ResponderEliminarUm Abraço
Da tranquilidade, florescerão crisântemos que adornarão a rua.
ResponderEliminarAbraço
lindo teu poema.
ResponderEliminarobrigada pela visita, seja sempre bem vindo =)
beijos
uma rua onde nos encontramos connosco. beijos
ResponderEliminarTal como as ruas direitas
ResponderEliminarsempre tortas
Soberbo o teu poema!
ResponderEliminarE é com tranquilidade que saio, depois de o ler e reler...
Beijinhos
Creio,
ResponderEliminartodos caminhamos, a certa altura, por uma rua assim. Ou, talvez, todos tenhamos esse espaço sem nome dentro de nós.
Às vezes, para nos perdermos, outras para nos encontrarmos.
Adorei o poema*
...e tranquilidade eu desejo
ResponderEliminarjunto com meu beijo
bom fim de semana...
em que a rua seja plana!
para curvas, subidas e descidas
já nos bastam certas vidas...
volto para a semana
se meu pensar não me engana :)
ruas sem nomes, uma dieitas ou centro sem se chamarem como tal...
ResponderEliminarabrazos serranos
De certeza terás uma rua com o teu nome em Lagos !
ResponderEliminarMas espero que seja daqui há muuuuuuitos anos porque em vez de fazer isto quando as pessoas estão vivas, fazem quase sempre isto à título postume ! E todos nós queremos poder ler os teus poemas durante muitos anos ainda !
Beijinhos, amigo Vieira Calado
Todos nós temos ruas assim nas nossas vidas mas só uma alma poeta,como a tua, a descreve com esta beleza.
ResponderEliminarBeijinhos e bom fim de semana.
Isabel
Venho regularmente para ler e apreciar a boa poesia que aqui se faz, sentido e com sentido poético intenso. Nas minhas horas mortas dedico uma fagulha de tempo a ler apreciar um dedal de poesia, recorrendo aos meus poetas preferidos, a cabeça de todos António Gedeão e depois Luís de Camões, Bocage, António Nobre, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Florbela Espanca, e mais alguns. Por isso a poesia tem imensa importância, tal como este espaço cheio de qualidade estética e poesia de supina qualidade.
ResponderEliminarOLá meu nobre!
ResponderEliminaraqui lendo-te!
...
ruas sem nome, caminhos sem itinerário, viagen apar ao nadaa, tem demais!
que todos tenham tranquilidade.
abraço
daufen bach.
Olá caro amigo Vieira Calado.
ResponderEliminarQuando visito o teu site cresce a minha veia poética.
Se me permites, aqui fica o fruto da inspiração que ganho nos teus posts.
Ruas sem nome.
Comentários anónimos.
Ruas sem nome.
Países com donos.
Ruas sem nome.
Que a democracia esqueceu,
Que o diabo amoleceu,
Que o povo perdeu.
Esperanças esquecidas,
Como o nome daquelas ruas.
Em favelas perdidas,
Que nem são minhas nem tuas.
Revoltas adormecidas.
Em futebol marinadas e mergulhadas.
Pelas mentes torcidas.
Ao povo dão todas as machadadas.
Cumprimentos
João Pedro Jacinto
www.jpjacinto.com
e acredito haja mais ruas sem nome...em muitas cidades....
ResponderEliminarComo sempre muito boa escrita......adoro passar por aqui.
Beijos
Um poema muito belo!
ResponderEliminarUma rua sem nome por onde alguns de nós já terão passado e onde talvez exista ainda uma semente de crisântemo...
Um beijinho.
Outro bonito :)
ResponderEliminarBeijinho
Maravilhooooooso!...
ResponderEliminarParabéns!
Bjs
Todas as ruas têm as suas histórias. Etsa está muito bem caracterizada.
ResponderEliminarBeijinhos.
Esta rua sem nome, lembra-me tantos becos de lisboa muitos em bairros antigos, com nome é certo mas com muitas semelhanças, nasci num beco de lisboa de casas antigas com patios, calçada em basalto, tantas recordações
ResponderEliminarObrigada pela recordação que me trouxe neste poema
Bel