,

,

quarta-feira, 11 de março de 2009

LAGAR DE AZEITE

















-
Dizem do modesto ramo de oliveira a paz
e dizem-nos do seu ditoso fruto a luz
que iluminou as noites de reflexão dos gregos.
.
Só por isto eu teria de louvar o puro azeite,
este lugar eleito, este lagar de azeite
onde a prensa arrebatava a flor dos fluídos
que dão perfil e força às veias da memória. 

Também nos dizem do primado do seu reino
de enfrentar o frio, a decrepitude, os rudes sóis
e nos proteger do estertor fatal da morte
graças à excelência dos seus delta colestróis.
.
Mas mais que tudo pelo paladar, o gosto antigo
no bacalhau e noutros pratos celebrados,
na sardinha em lata como era nesse tempo,
na caldeirada, nas cavalas, nos charros alimados
-
...Este poema e foto fazem parte do livro ALGARVE ONTEM

65 comentários:

  1. "Largar de Azeite", um tema dificil!

    Parabéns.

    Beijinhos,
    An Martins

    ResponderEliminar
  2. "Lagar de Azeite"... ora aí está um poema diferente!

    [outro livro a adquirir, portanto...]

    Beijos meus

    ResponderEliminar
  3. Para

    GMV:

    Um livro diferente, sem dúvida!

    Com fotografias de actividades dos anos 50, hoje desaparecidas, e notas históricas e etnológicas.

    Mas não sei quando irá sair.

    As editoras querem patrocínios, tanto mais que o livro é em papel couché e uma fotografia por poema.

    Obrigado pelo seu interesse.

    Beijinhosss

    ResponderEliminar
  4. Interessante tema. Do que é difícil surge a beleza, pelo coração de quem sabe o que escreve. Arte.
    Parabéns.

    ResponderEliminar
  5. A Arte há flor da pele.

    Não! Não é a primeira vez que me visita.

    Como também, não é a minha primeira visita neste seu maravilhoso espaço :)

    Beijo.

    Maria Valadas

    ResponderEliminar
  6. Parabéns poeta por celebrar em versos a arte e a beleza do fruto da oliveira.
    Quanto a música é um ritmo caliente do Caribe.
    Beijos

    ResponderEliminar
  7. Deixei comentário e não completei a identificação.

    ResponderEliminar
  8. O lagar de azeite é também lagar do tempo. A antiguidade iluminada com luz suave, para que ressurja, sem chocar.

    Abraços.

    ResponderEliminar
  9. bom tema e bem explorado, como sempre;)

    T.

    ResponderEliminar
  10. Quem imaginou que se pudesse fazer poesia do azeite, tão esquecido nas cozinhas? Mas para quem respira poesia, não há nada que não possa se transformar em belo poema.
    abraço

    ResponderEliminar
  11. O sabor do azeite.
    Do tempo e das experiências.

    Parabéns, mto bonito!


    http://xcafedamadrugadax.blogspot.com

    ResponderEliminar
  12. lugar

    lagar

    místico

    de memórias

    que se re. fazem de luz

    _____

    Esperarei por ele

    .
    um beijo silenciosamente

    aquético

    ResponderEliminar
  13. Luz e sabor que vai atravessando o tempo...

    Gostei muito de ler.


    Jinhos * *

    ResponderEliminar
  14. Por quem sois, senhor do bom gosto na arte das palavras!
    eis um fruto que é nosso, que produz um liquido nosso, que maravilhas faz na nossa gastronomia!
    Jamais um bom prato não conhecerá o que deriva do fruto depois de esmagado!
    Belo!

    ResponderEliminar
  15. QUERIDO AMIGO VIEIRA CALADO... AINDA ME LEMBRO DOS VELINHOS LAGRES DE AZEITE... E O BOM AZEITE SEMPRE SEMPRE FOI MUITO UTILIZADO... HOJE EM DIA AINDA SEMRVE PARA AS LAMPARINAS E NA ALIMENTAÇÃO... GOSTEI DESTE POEMA... SUBLIME AMIGO,
    FERNANDINHA

    ResponderEliminar
  16. Querido Amigo Vieira Calado!

    Uma boa maneira de homenagear os nossos velhos lagares,dos quais ainda me lembro de ver a funcionar.
    Gostei do poema!!!

    Abraço

    Lourenço

    ResponderEliminar
  17. Belíssimo! Pura arte em forma de poema. Lagar de AZEITE!!!! Hummmmm!!!

    Grande abraço

    Mirze

    ResponderEliminar
  18. Curioso e muito bem conseguido este poema.
    Sempre o mesmo jorro de palavras.
    Sabe bem ler.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  19. O meu avô materno tinha um lagar de azeite.
    Ainda hoje recordo com todos os pormenores as visitas que lá fazia nas férias do Natal...
    Na 2ª feira todas essas lembranças se avivaram na visita a um lagar muito actual, aqui nesta santa terra e considerado um dos melhores do país.
    E hoje vens tu com este poema acompanhado por uma foto "do lagar do meu avô"...
    Interessante coincidência!

    Abraço

    ResponderEliminar
  20. Vieira Calado

    Também sou fã do azeite que, para além de ser a gordura mais saudável para a saúde, faz parte da nossa tradição gastronómica.
    É gosto encontrar quem eleve os nossos produtos em era de massificação e descaracterização.

    Abraço

    ResponderEliminar
  21. Meu amigo! Já desisti de comentar...bom, estou a brincar! Como te (e sabes bem que sempre te tratei por tu...)considero um Mestre. Felizmente posso dialogar contigo através destas teclas. Um dia, conhecer-te-ei pessoalmente. Um privilégio estar aqui a comentar-te...beijos.

    ResponderEliminar
  22. Lagar de azeite e da memória da minha infância alentejana. O Mediterrâneo é o lugar dos homens1
    Beijinho

    ResponderEliminar
  23. Como conseguiste transmitir poesia às palavras dos ingredientes que não conhecia e que aprendi a gostar quando vi viver para este maravilhoso país que é Portugal !

    Gostei de receber a tua visita !
    Já falaste com a tua conterrânea que me encontrou em Lisboa ?

    Beijinhos verdinhos

    ResponderEliminar
  24. Sem esquecer a tua poesia eu lembrei logo do bacalhau assado nos fornos do lagar... da broa de milho amarelo do vinho e da amizade...
    não existem cinzas...só o branco e o amarelo dourado da luz a incidir na tacinha de azeitonas...
    saudades... e so(r)risos...
    e sabores e cheiros... e
    emoções do fogo e da pedra...

    beijinhos

    ResponderEliminar
  25. Olá meu amigo, de facto o lagar de azeite, não só acorda memórias de infância, como lembra vida, subtileza, árduo trabalho, excelente poema.
    Beijinhos
    Liliana

    ResponderEliminar
  26. mais um poema lindissimo e de certo mais um livro a adquirir...

    saudaçoes poeticas amigo Vieira

    ResponderEliminar
  27. Poemar com arte na "arte dos lagares".

    E o azeite bem merece divulgação,pois é uma gordura vegetal muito boa para a saúde.

    E há azeite mais saboroso do que o nosso? Claro que não!

    Abraço amigo,poeta amigo.

    ResponderEliminar
  28. Gostos antigos, saudades no presente, vividos agora no recordar do passado

    beijinhos

    ResponderEliminar
  29. Lagar de Azeite...
    Conheci um na minha infância, em que tudo era talhado na pedra, o azeite era separdo da água nesses rêgos talhados pelo homem e que nós por brincadeira atravessava-mos esse "rio" de azeite em dois passos. Pena que a autarquia não tivesse transformado esse local em Museu, até porque a região sempre foi grande produtora desse excelente produto.
    O que me resta dessas lembranças era o aroma inconfundivel do interior de um lugar de azeite... Simplesmente inconfundivel.
    Um abraço, caro amigo Vieira Calado.
    Osvaldo

    ResponderEliminar
  30. Algarvio de gema mas criado no Alentejo, e agora de volta ao nosso Algarve...

    ResponderEliminar
  31. Caro amigo,

    Também voltei cá para dizer-te que não me lembro do nome desta pessoa
    que só vi uma vez.
    Quando soube que ela era de Lagos, perguntei-lhe se te conhecia e pedi-lhe quando te encontrasse para te cumprimentar da minha parte.
    Foi só uma maneira de te dizer :
    Olá !
    Nada mais, não te preocupas !
    Bom fim de semana
    Beijinhos verdinhos

    ResponderEliminar
  32. Caro amigo
    Eu não tenho, nem há nada do lagar no espólio da minha mãe.
    Em todo o caso hei-de perguntar ao meu tio mais novo que continua a resistir à lei da vida, se tem alguma...

    Abraço

    ResponderEliminar
  33. Vieira Calado:

    Meu caro poeta,ora aqui está um tema que me é muito caro - entre outros -
    Tudo que me liga à terra, tudo que é natural, verdadeiro, onde o "plastificado" não existe mas sim o cheiro a textura o brilho no olhar de quem manuseia com a doçura dos homens e mulheres da terra.

    O Lagar, onde o azeite corre na procura da paz com a saúde vinda dos deuses..

    Um abraço congratulado por tudo que escreve

    Pj

    ResponderEliminar
  34. lago

    da

    memória



    (águas

    que movem

    barcos de sol)

    ResponderEliminar
  35. o azeite alumia...

    "verde foi meu nascimento
    e de luto me vesti
    para dar a luz ao Mundo
    mil tormentos padeci"...

    abraços

    ResponderEliminar
  36. Levaria daqui um pote de azeite se não o deixasse cair pelo caminho...

    Um abraço!

    ResponderEliminar
  37. gostos antigos alimentam minhas fomes, querido....

    beijos e bom fim de semana

    MM.

    ResponderEliminar
  38. Querido primo... Até do azeite você consegue extrair belas palavras. Lindo poema, bela foto.

    Um maravilhoso final de semana.

    Bjssss

    ResponderEliminar
  39. É nas coisas simples da vida que se encontram os mais belos temas para se fazer poesia!
    Mais do que um poema, estas palavras são uma ode ao passado, à História, às tradições.

    Um abraço
    Esperança

    ResponderEliminar
  40. Amigo
    poeta
    que poema lindo a honrar Portugal neste seu espaço
    oliveira
    azeite
    luz
    esperança

    um beijo

    ResponderEliminar
  41. lindo, muito bonito o poema e a imagem... em trás os montes ainda se vêm e no alto alentejo também!
    gosto destas recordações, eternas...
    beijinhos

    ResponderEliminar
  42. Bela poesia!
    fez-me abrir o apetite ao almoço...

    ResponderEliminar
  43. e se merecem homenagem os velhos lagares de azeite nosso país. fazes-lhes justiça com o teu poema. beijos

    ResponderEliminar
  44. Oi Primo!

    Adoro a Calderada! Aqui em casa somos movidos à azeite rsrsrs....
    Olha tem um post lá no bailando p/ ti. BJs.

    ResponderEliminar
  45. Um poema de fazer crescer água na boca. Que bem me soube.
    Bjs e resto de bom fim de semana
    TD

    ResponderEliminar
  46. Esse olhar foi muito mais do que poético, foi divino, na verdade.
    Não tenho dúvidas do sucesso e da beleza desse livro.
    beijo no coração

    ResponderEliminar
  47. Desde a foto que me lembra ( também a mim ) outros lagares da minha infância, até às palavras saborosamente inspiradas na história de um fruto que faz parte da vida e da alma de tanta gente... eu senti o meu País, cantado neste poema, e as suas raízes maravilhosamente celebradas!

    Um abraço

    ResponderEliminar
  48. A oliveira, mais um belo poema a esta natureza que nos dá vida...

    Doce beijo

    ResponderEliminar
  49. Não sou muito fã de azeite, mas acho-o indispensável no bacalhau.

    Beijos doces de sol e de lua.

    ResponderEliminar
  50. Um poema em louvor de uma das nossas tradições mais antigas. Que seria do bacalhau sem o azeite? :)**

    ResponderEliminar
  51. E abriu-me o apetite com esse azeite tão puro!
    Abraço
    Isabel

    ResponderEliminar
  52. Muito me apraz saber do teu novo livro e pelo título já se vê que vai poemar sobre o nosso Algarve!
    Aguardarei...com alguma ansiedade!

    Azeite, essa fonte de luz na sardinha em lata, na caldeirada, nas cavalas, nos charros alimados, quanta beleza a nossa memória...e a na tua inspiração!

    Beijos

    ResponderEliminar
  53. No lagar das palavras,veio ao de cim a verdade do poema,em louvor desse belo e saboroso líquido,que nos aromatiza os prazeres da boa mesa

    Um abraço,e obrigado pela sua visita

    ResponderEliminar
  54. Gostei muito do louvor. Uma lembrança bem escrita a esse amigo que nos proporciona um dos mais saborosos acompanhamentos às nossas mesas.
    Nunca tive oportunidade de ver nenhum lagar a trabalhar, porque sou menino " da cidade", o que me causa pena.

    Uma otima semana

    Abraço

    Mario Rodrigues

    ResponderEliminar
  55. O lagar de azeite a lembrar os outros tempos e os de agora. Um bom poema, amigo. Um abraço.

    ResponderEliminar
  56. Bonito louvor à tradição saudavel do azeite. Obrigada pela visita e votos manifestos de sucesso. Como autor da Edium Editores,é um gesto lindo de solidariedade poética. Um bem haja num abraço sincero "cá do norte":)

    ResponderEliminar
  57. E alumia o azeite, a candeia enorme que existe na Igreja da terra da minha avó... e já naquele tmepo me lembro que havia lamparinas com azeite lá em casa também...belissimo Poema, uma ode ao azeite... Beijinho da laura..

    ResponderEliminar
  58. Espero que a apresentação do novo livro hoje, tenha sido um sucesso....

    Beijos

    ResponderEliminar
  59. Também conheci um lagfar de azeite. E um de vinho...
    Gostei do poema que me trouxe excelentes lembranças. Por exemplo os charros alimados que sempre comia aí em Lagos, quando passava férias com a minha saudosa sogra.
    Um abraço e uma boa semana

    ResponderEliminar
  60. Bonito!
    Bom mesmo é come-lo todos os dias, como acontece comigo!
    Já tive uns olivais aí em Sao Joao da Pesqueira!!!!
    beijo grande!

    ResponderEliminar
  61. O azeite, as memórias, os cheiros. os sons até.
    Continuo a admirar o "ritmo" tranquilo da sua escrita.

    ResponderEliminar
  62. Linda poesia! coom deve ser bom o azeite, mais barato e mais puro aí direto da fonte. O azeite extra-virgem que eu compro aqui pra casa apertando o orçamento é conterrâneo seu! fiquei até com vontade de cozinhar umas batatas e despejar esse fio de luz nelas!

    Abraço!

    ResponderEliminar