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Dizem do modesto ramo de oliveira a paz
e dizem-nos do seu ditoso fruto a luz
que iluminou as noites de reflexão dos gregos.
Só por isto eu teria de louvar o puro azeite,
este lugar eleito, este lagar de azeite
onde a prensa arrebatava a flor dos fluídos
que dão perfil e força às veias da memória.
Também nos dizem do primado do seu reino
de enfrentar o frio, a decrepitude, os rudes sóis
e nos proteger do estertor fatal da morte
graças à excelência dos seus delta colestróis.
Mas mais que tudo pelo paladar, o gosto antigo
no bacalhau e noutros pratos celebrados,
na sardinha em lata como era nesse tempo,
na caldeirada, nas cavalas, nos charros alimados
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Lagar de azeite...
ResponderEliminarFonte de Luz.
Abraço
"Largar de Azeite", um tema dificil!
ResponderEliminarParabéns.
Beijinhos,
An Martins
"Lagar de Azeite"... ora aí está um poema diferente!
ResponderEliminar[outro livro a adquirir, portanto...]
Beijos meus
Para
ResponderEliminarGMV:
Um livro diferente, sem dúvida!
Com fotografias de actividades dos anos 50, hoje desaparecidas, e notas históricas e etnológicas.
Mas não sei quando irá sair.
As editoras querem patrocínios, tanto mais que o livro é em papel couché e uma fotografia por poema.
Obrigado pelo seu interesse.
Beijinhosss
Interessante tema. Do que é difícil surge a beleza, pelo coração de quem sabe o que escreve. Arte.
ResponderEliminarParabéns.
A Arte há flor da pele.
ResponderEliminarNão! Não é a primeira vez que me visita.
Como também, não é a minha primeira visita neste seu maravilhoso espaço :)
Beijo.
Maria Valadas
Parabéns poeta por celebrar em versos a arte e a beleza do fruto da oliveira.
ResponderEliminarQuanto a música é um ritmo caliente do Caribe.
Beijos
Deixei comentário e não completei a identificação.
ResponderEliminarO lagar de azeite é também lagar do tempo. A antiguidade iluminada com luz suave, para que ressurja, sem chocar.
ResponderEliminarAbraços.
bom tema e bem explorado, como sempre;)
ResponderEliminarT.
Quem imaginou que se pudesse fazer poesia do azeite, tão esquecido nas cozinhas? Mas para quem respira poesia, não há nada que não possa se transformar em belo poema.
ResponderEliminarabraço
O sabor do azeite.
ResponderEliminarDo tempo e das experiências.
Parabéns, mto bonito!
http://xcafedamadrugadax.blogspot.com
lugar
ResponderEliminarlagar
místico
de memórias
que se re. fazem de luz
_____
Esperarei por ele
.
um beijo silenciosamente
aquético
Luz e sabor que vai atravessando o tempo...
ResponderEliminarGostei muito de ler.
Jinhos * *
Muito boom
ResponderEliminarPor quem sois, senhor do bom gosto na arte das palavras!
ResponderEliminareis um fruto que é nosso, que produz um liquido nosso, que maravilhas faz na nossa gastronomia!
Jamais um bom prato não conhecerá o que deriva do fruto depois de esmagado!
Belo!
QUERIDO AMIGO VIEIRA CALADO... AINDA ME LEMBRO DOS VELINHOS LAGRES DE AZEITE... E O BOM AZEITE SEMPRE SEMPRE FOI MUITO UTILIZADO... HOJE EM DIA AINDA SEMRVE PARA AS LAMPARINAS E NA ALIMENTAÇÃO... GOSTEI DESTE POEMA... SUBLIME AMIGO,
ResponderEliminarFERNANDINHA
Querido Amigo Vieira Calado!
ResponderEliminarUma boa maneira de homenagear os nossos velhos lagares,dos quais ainda me lembro de ver a funcionar.
Gostei do poema!!!
Abraço
Lourenço
Belíssimo! Pura arte em forma de poema. Lagar de AZEITE!!!! Hummmmm!!!
ResponderEliminarGrande abraço
Mirze
Curioso e muito bem conseguido este poema.
ResponderEliminarSempre o mesmo jorro de palavras.
Sabe bem ler.
Um abraço
O meu avô materno tinha um lagar de azeite.
ResponderEliminarAinda hoje recordo com todos os pormenores as visitas que lá fazia nas férias do Natal...
Na 2ª feira todas essas lembranças se avivaram na visita a um lagar muito actual, aqui nesta santa terra e considerado um dos melhores do país.
E hoje vens tu com este poema acompanhado por uma foto "do lagar do meu avô"...
Interessante coincidência!
Abraço
Vieira Calado
ResponderEliminarTambém sou fã do azeite que, para além de ser a gordura mais saudável para a saúde, faz parte da nossa tradição gastronómica.
É gosto encontrar quem eleve os nossos produtos em era de massificação e descaracterização.
Abraço
Meu amigo! Já desisti de comentar...bom, estou a brincar! Como te (e sabes bem que sempre te tratei por tu...)considero um Mestre. Felizmente posso dialogar contigo através destas teclas. Um dia, conhecer-te-ei pessoalmente. Um privilégio estar aqui a comentar-te...beijos.
ResponderEliminarLagar de azeite e da memória da minha infância alentejana. O Mediterrâneo é o lugar dos homens1
ResponderEliminarBeijinho
Como conseguiste transmitir poesia às palavras dos ingredientes que não conhecia e que aprendi a gostar quando vi viver para este maravilhoso país que é Portugal !
ResponderEliminarGostei de receber a tua visita !
Já falaste com a tua conterrânea que me encontrou em Lisboa ?
Beijinhos verdinhos
Sem esquecer a tua poesia eu lembrei logo do bacalhau assado nos fornos do lagar... da broa de milho amarelo do vinho e da amizade...
ResponderEliminarnão existem cinzas...só o branco e o amarelo dourado da luz a incidir na tacinha de azeitonas...
saudades... e so(r)risos...
e sabores e cheiros... e
emoções do fogo e da pedra...
beijinhos
Olá meu amigo, de facto o lagar de azeite, não só acorda memórias de infância, como lembra vida, subtileza, árduo trabalho, excelente poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Liliana
mais um poema lindissimo e de certo mais um livro a adquirir...
ResponderEliminarsaudaçoes poeticas amigo Vieira
Poemar com arte na "arte dos lagares".
ResponderEliminarE o azeite bem merece divulgação,pois é uma gordura vegetal muito boa para a saúde.
E há azeite mais saboroso do que o nosso? Claro que não!
Abraço amigo,poeta amigo.
Gostos antigos, saudades no presente, vividos agora no recordar do passado
ResponderEliminarbeijinhos
Lagar de Azeite...
ResponderEliminarConheci um na minha infância, em que tudo era talhado na pedra, o azeite era separdo da água nesses rêgos talhados pelo homem e que nós por brincadeira atravessava-mos esse "rio" de azeite em dois passos. Pena que a autarquia não tivesse transformado esse local em Museu, até porque a região sempre foi grande produtora desse excelente produto.
O que me resta dessas lembranças era o aroma inconfundivel do interior de um lugar de azeite... Simplesmente inconfundivel.
Um abraço, caro amigo Vieira Calado.
Osvaldo
Algarvio de gema mas criado no Alentejo, e agora de volta ao nosso Algarve...
ResponderEliminarCaro amigo,
ResponderEliminarTambém voltei cá para dizer-te que não me lembro do nome desta pessoa
que só vi uma vez.
Quando soube que ela era de Lagos, perguntei-lhe se te conhecia e pedi-lhe quando te encontrasse para te cumprimentar da minha parte.
Foi só uma maneira de te dizer :
Olá !
Nada mais, não te preocupas !
Bom fim de semana
Beijinhos verdinhos
Caro amigo
ResponderEliminarEu não tenho, nem há nada do lagar no espólio da minha mãe.
Em todo o caso hei-de perguntar ao meu tio mais novo que continua a resistir à lei da vida, se tem alguma...
Abraço
Vieira Calado:
ResponderEliminarMeu caro poeta,ora aqui está um tema que me é muito caro - entre outros -
Tudo que me liga à terra, tudo que é natural, verdadeiro, onde o "plastificado" não existe mas sim o cheiro a textura o brilho no olhar de quem manuseia com a doçura dos homens e mulheres da terra.
O Lagar, onde o azeite corre na procura da paz com a saúde vinda dos deuses..
Um abraço congratulado por tudo que escreve
Pj
lago
ResponderEliminarda
memória
(águas
que movem
barcos de sol)
Outras memórias...
ResponderEliminarUm abraço,
E.
o azeite alumia...
ResponderEliminar"verde foi meu nascimento
e de luto me vesti
para dar a luz ao Mundo
mil tormentos padeci"...
abraços
Levaria daqui um pote de azeite se não o deixasse cair pelo caminho...
ResponderEliminarUm abraço!
gostos antigos alimentam minhas fomes, querido....
ResponderEliminarbeijos e bom fim de semana
MM.
Querido primo... Até do azeite você consegue extrair belas palavras. Lindo poema, bela foto.
ResponderEliminarUm maravilhoso final de semana.
Bjssss
É nas coisas simples da vida que se encontram os mais belos temas para se fazer poesia!
ResponderEliminarMais do que um poema, estas palavras são uma ode ao passado, à História, às tradições.
Um abraço
Esperança
Amigo
ResponderEliminarpoeta
que poema lindo a honrar Portugal neste seu espaço
oliveira
azeite
luz
esperança
um beijo
lindo, muito bonito o poema e a imagem... em trás os montes ainda se vêm e no alto alentejo também!
ResponderEliminargosto destas recordações, eternas...
beijinhos
Bela poesia!
ResponderEliminarfez-me abrir o apetite ao almoço...
e se merecem homenagem os velhos lagares de azeite nosso país. fazes-lhes justiça com o teu poema. beijos
ResponderEliminarOi Primo!
ResponderEliminarAdoro a Calderada! Aqui em casa somos movidos à azeite rsrsrs....
Olha tem um post lá no bailando p/ ti. BJs.
Um poema de fazer crescer água na boca. Que bem me soube.
ResponderEliminarBjs e resto de bom fim de semana
TD
Esse olhar foi muito mais do que poético, foi divino, na verdade.
ResponderEliminarNão tenho dúvidas do sucesso e da beleza desse livro.
beijo no coração
Desde a foto que me lembra ( também a mim ) outros lagares da minha infância, até às palavras saborosamente inspiradas na história de um fruto que faz parte da vida e da alma de tanta gente... eu senti o meu País, cantado neste poema, e as suas raízes maravilhosamente celebradas!
ResponderEliminarUm abraço
A oliveira, mais um belo poema a esta natureza que nos dá vida...
ResponderEliminarDoce beijo
Não sou muito fã de azeite, mas acho-o indispensável no bacalhau.
ResponderEliminarBeijos doces de sol e de lua.
Um poema em louvor de uma das nossas tradições mais antigas. Que seria do bacalhau sem o azeite? :)**
ResponderEliminarE abriu-me o apetite com esse azeite tão puro!
ResponderEliminarAbraço
Isabel
Muito me apraz saber do teu novo livro e pelo título já se vê que vai poemar sobre o nosso Algarve!
ResponderEliminarAguardarei...com alguma ansiedade!
Azeite, essa fonte de luz na sardinha em lata, na caldeirada, nas cavalas, nos charros alimados, quanta beleza a nossa memória...e a na tua inspiração!
Beijos
No lagar das palavras,veio ao de cim a verdade do poema,em louvor desse belo e saboroso líquido,que nos aromatiza os prazeres da boa mesa
ResponderEliminarUm abraço,e obrigado pela sua visita
Gostei muito do louvor. Uma lembrança bem escrita a esse amigo que nos proporciona um dos mais saborosos acompanhamentos às nossas mesas.
ResponderEliminarNunca tive oportunidade de ver nenhum lagar a trabalhar, porque sou menino " da cidade", o que me causa pena.
Uma otima semana
Abraço
Mario Rodrigues
O lagar de azeite a lembrar os outros tempos e os de agora. Um bom poema, amigo. Um abraço.
ResponderEliminarBonito louvor à tradição saudavel do azeite. Obrigada pela visita e votos manifestos de sucesso. Como autor da Edium Editores,é um gesto lindo de solidariedade poética. Um bem haja num abraço sincero "cá do norte":)
ResponderEliminarE alumia o azeite, a candeia enorme que existe na Igreja da terra da minha avó... e já naquele tmepo me lembro que havia lamparinas com azeite lá em casa também...belissimo Poema, uma ode ao azeite... Beijinho da laura..
ResponderEliminarEspero que a apresentação do novo livro hoje, tenha sido um sucesso....
ResponderEliminarBeijos
Também conheci um lagfar de azeite. E um de vinho...
ResponderEliminarGostei do poema que me trouxe excelentes lembranças. Por exemplo os charros alimados que sempre comia aí em Lagos, quando passava férias com a minha saudosa sogra.
Um abraço e uma boa semana
Bonito!
ResponderEliminarBom mesmo é come-lo todos os dias, como acontece comigo!
Já tive uns olivais aí em Sao Joao da Pesqueira!!!!
beijo grande!
O azeite, as memórias, os cheiros. os sons até.
ResponderEliminarContinuo a admirar o "ritmo" tranquilo da sua escrita.
Linda poesia! coom deve ser bom o azeite, mais barato e mais puro aí direto da fonte. O azeite extra-virgem que eu compro aqui pra casa apertando o orçamento é conterrâneo seu! fiquei até com vontade de cozinhar umas batatas e despejar esse fio de luz nelas!
ResponderEliminarAbraço!