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domingo, 19 de outubro de 2008

PENA DE MORTE

Esta minha postagem 19 de Outubro, requer alguma informação suplementar.

Não é uma explicação do poema, porque o poeta não tem que explicar o que escreve. O poema, por si, deve ser suficiente e explicar-se a si próprio.

Mas ele foi escrito há muito tempo (2 de Maio de 1960) e refere acontecimentos que a maioria das pessoas de hoje não conhece, pelo simples facto de que muitas dela ainda não eram nascidas!

Desde 1954 que um cidadão americano de nome Caryl Chessman estava sentenciado à pena de morte, na prisão de S, Quentin. Travou uma longa luta contra a justiça, recorrendo a vários estratagemas e foi adiando o veredicto. Na prisão escreveu 4 livros, um dos quais, Cell 2455, Death Row, que foi um best seller na América e Europa Ocidental.

A questão, às tantas, para muitos, não era tanto aquele caso pessoal, mas a pena de morte, em si.

Figuras como Aldous Huxley, Robert Frost, Norman Mailer, um sem número de intelectuais de todo o Mundo, um prelado evangelista de nome Billy Graham, a mulher do presidente Roosevelt e tantos outros apelaram clemência para Chessman.

No entanto o prisioneiro haveria de ser executado em câmara de gás (com ácido cianídrico) a 2 de Maio de 1960.

Precisamente… no dia do meu aniversário!

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Em 22 de Outubro.




....




59 comentários:

  1. Coitado do morto que estava condenado à morte. Apesar de vivo já estava desenganado da vida...

    Graça Mello

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  2. Caro amigo Vieira Calado;
    Belo pergaminho publicitário de candidatos à eutanásia;
    Que é o mesmo que dizer que já estava morto antes de o matarem...
    ou "morre antes e matamos-te depois".
    Óh, morte macaca !.
    Um abraço

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  3. Caro Vieira Calado;
    como enviei o comentário anterior sem o ter terminado, queria "ajuntar" a sorte deste "morto condenado à morte" porque penitência seria de o condenar à vida por toda a sua morte.
    Um abraço

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  4. Morte destinada.

    http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

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  5. Caro, Vieira Calado!

    Agradeço-lhe a informação.

    Considero que, você tem razões para ficar impressionado, é uma condenação horrenda, de uma barbaridade inigualável, nenhum crime justifica um acto tão desumano e tão animalesco. Os seres humanos insistem em pagar o crime com o próprio crime, a maior condenação reside na privação de tudo e no peso da consciência, nos olhares de desdém, na repulsa, etc.

    Beijinhos,

    Graça Mello

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  6. Eu, por pricípio, sou contra a pena de morte e a eutanásia, logo esse acido não se deve aplicar. A vida deve ser vivida até que a morte chegue, mas chegue de uma forma natural.
    Abraço

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  7. Uma passagem para pôr a leitura em dia.

    Esta deste ácido é forte...

    Abraço

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  8. Amigo Calado. Belo o pergaminho,como o meu lema é vida por vida! mas aceito as opinião,pois vejo muita gente sofrer.
    Beijinho BS.

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  9. Não vou justificar minha ausência, mesmo pq não caberia.
    Adoraria ter estado por aqui, mesmo pq meu blog fez dois anos e eu nem estava aqui pra comemorar.
    Quero apenas deixar meu pedido de desculpas, agradecer pelas visitas, pelo carinho, por tantos comentários e pela preocupação.
    Mesmo que eu quisesse e me desdobrasse, não daria para fazer isso individualmente e terá que ser aos poucos.
    Hoje quero apenas deixar um beijo e dizer que vou lendo-vos na medida do possivel.
    Mil desculpas.
    Estou de volta!
    Um beijo imenso!

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  10. Caro amigo Vieira Calado

    Vim ler-te e deixar-te tb o meu carinho... Parabéns pelo post

    Há um milagre chamado
    AMIZADE. Você não sabe
    como ela aconteceu ou
    quando começou, mas
    você sabe a alegria
    que ela traz!

    Beijos da amiga rosa
    Iana!!!

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  11. ácidos... para condenados
    é um aviso, uma tentação,
    uma solução, uma rápida resolução...
    beijinhos

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  12. Para aliviar, que este tema é forte...
    ... Deixei algo para si na Encosta do Mar.

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  13. Obviamente...
    E nada mais óbvio que a morte, natural ou não...
    Beijinhos.

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  14. ...Tamto na vida como na morte...que haja sempre dignidade.

    ****

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  15. Duras realidades, eu prefiro andar pelo mar e sentir os cheiros da vida!!!
    Abraço

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  16. Um pergaminho elucidativo: "Obviar a morte do morto condenado à morte"...
    Um abraço.

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  17. À morte, todos estamos condenados...
    Mas por vezes a morte não acompanha o ritmo do sofrimento; deixa-se ficar para trás, deixando que o sofrimento siga cada vez com mais força. É assustador.

    Um beijinho *

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  18. Sei nada sobre isso não, mas queria cianidricar glóbulos de algumas pessoas,,, Ah, que pecado mortal!

    Abraços e penalizadas invenções!

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  19. É um antecipar uma morte que afinal já morte....

    Isto é horrivel.
    E pensar nos que lutam para dar vida....

    beijo

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  20. sou contra a pena de morte confesso...lol

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  21. Fortes palavras neste pergaminho.

    Não sou mt a valor da eutanásia.
    Mas como em qualquer regra à uma excepção, só em casos mt pontuais.


    Beijinhos

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  22. obviamente...

    caminhamos...

    caminhamos

    e tantas vezes já é a sombra em todos os passos...

    deixo-lhe um beijo.

    maré

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  23. Amigo, eu costumo dizer "gosto tanto de viver, que não morro mesmo que me matem" aqui a situação é um bocadinho diferente...
    É realmente um tema bastante delicado...

    Beijinhos

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  24. Azedo... avinagrado... pergaminho enrolado demais...

    Beijinhos das nuvens

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  25. Esse ácido de tão forte, é capaz de levar à morte...rs...
    Grande abraço, meu caro Vieira.

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  26. Oie lindo! O pergaminho ficou muito legal. Mas confesso que acredito que enquanto ha vida, ha esperança...
    Boa semana! Beijos

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  27. que será melhor um morto condenado à morte...um vivo condenado a uma vida sem vida?
    beijos
    belo pergaminho

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  28. Valeu a explicação, Vieira. Apesar de ter nascido em 61, esta história deveria ser lembrada por todos os tempos. Chessman em sua prisão, acusado de sequestro, roubo e perversão sexual, enquanto esteve preso, estudou Direito e Latim. Se converteu em seu próprio advogado. Dedicou mais de dez mil horas a estudar o caso dele e mesmo defendendo-se com a frase "o bandido da luz vermelha era um afccionado mentiroso com mentalidade sexual retorcida e não um criminoso profissional e frio calculador", nesta data que comemora o seu aniversário, morre um homem arrependido. Um lutador que não foi perdoado.
    Bem lembrado, Vieira!
    Bem Haja!

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  29. Caro amigo Vieira Calado;
    Li o livro "Cela 2455" no meio dos anos 60 no Rio de Janeiro e o guardo até hoje porque foi um livro que me marcou profundamente.
    Todos nós ficamos convictos que Caryl Chessman estaria inocente, mas assim não pensou o grupo de jurados, talvez pressionados pela pressão politica e dos "mídias" que fizeram do caso uma enorme "fonte de receitas".
    Um abraço

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  30. A pena de morte, de qualquer modo é uma agressão à sociedade...


    Beijos de luz!

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  31. Agora deixou de ser uma mensagem corrosiva, embora com alguma beleza, para ser um agitar de consciências...

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  32. Bela postagem amigo. Penso que a morte é pouco demais para quem comete grandes delitos. Têm mais é que viver e sofrer as consequencias parte a parte.
    Sempre é bom estar por aqui.
    Passando, deixo um abraço amigo

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  33. Morto condenado a morte faz pensar quem ainda pode, ou parafraseando Calvino, faz pensar que transita entre as camas e os túmulos.

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  34. Soa a grito, esse pergaminho! E tanto anos depois, as coisas mantêm-se. Triste.

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  35. Olá meu amigo, Vieira calado.

    Realmente um tema muito polêmico.
    Não sou a favor, mas tem certas circunstâncias que não haverá mais solução, que não seja essa.
    Parabéns pelo texto.
    Uma semana abençoada para tí.
    Beijos da amiga do lado de cá.

    Regina coeli

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  36. Sem dúvida! Obviamente. Mas fiquei a saber a data do teu aniversário, que é a data de um grande Amigo, já não presente. Este post tocou-me muito profundamente. Beijos para ti.

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  37. Vim pôr as leituras em dia e deixar um abraço.

    O esclarecimento oportuno ajudam à compreensão do pergaminho.

    Um abraço
    Esperança

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  38. Ir vivendo, esperando pelo dia de morrer, numa situação de cumprimento de pena, em que os nossos dias estão nas mãos de alguém... não sei se haverá para o ser humano algo pior...
    Tocante a explicação dada por si... a coincidência de datas...

    Um beijinho *

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  39. Sorte macabra...O homem, consegue ser cruel.
    Bj

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  40. Olá Amigo, vim agradecer-te a explicação e assim fizeste-me crescer mais um bocadinho nos meus conhecimentos, obrigada.

    Beijinhos

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  41. O dinheiro é como o ácido cianídrico. Morre-se por ele e morre-se por ele.
    Como tantos outros, Chessman estava inocente.

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  42. é bom, pois é. tem toda a razão. sós não somos ninguém. um abraço.

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  43. Compreende-se este poema ligando-o à data em que foi feito. Impossível não reagir doutra maneira. Actualmente e no que diz respeito ao nosso país, que , felizmente, não tem pena de morte, confrontamo-nos com outro problema igualmente grave: a falta de culpa. Eles nem presos são. Usam armas ilegais dentro de uma esquadra e saem em liberdade.
    Que dava um belo poema de protesto, isso dava.
    Um abraço e grata pela visita ao Com Calma.

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  44. V.Calado,
    ainda bem que colocou essa estória/resumo... eu, realmente não sabia como comentar ... nasci em 64!

    mas já havia pensado nisso.. no modo como são levados a morrer...os condenados à morte...

    sei que se calhar vou dizer uma heresia, mas acho que a pena de morte é um "doce" que é dado à maioria dos criminosos... sou a favor dos trabalhos, chamem-lhe forçados ou outra coisa qualquer... trabalho trabalho trabalho... até morrerem... isso sim, seria uma pena-de-morte! e contribuiriam para algum benefício comunitário, à laia de paga p'lo que fizeram de errado...

    sorry o alongamento,
    e agora sim
    o comentário ao poema,
    disse em dezassete palavras o que eu estou aqui a dizer em 528* e com um impacto bem menos interessante! rsrs

    boa semana
    um grande sorriso :)

    mariam

    *nº utilizado(sempre) sinónimo de "muito" :)

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  45. Que o poeta use a força das palavras para denunciar o uso da inclemência.

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  46. Obrigada por contar, desconhecia.
    Abraço

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  47. Nossa, quanta novidade encontrei aqui!
    Estava sentindo falta de meus queridos amigos, por isto voltei.

    Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
    Elas passam em instantes como murcham as rosas...

    Será???

    Bjs
    Fique com Deus!

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  48. Caro amigo

    "As pessoas são como vitrais coloridos:
    cintilam e brilham quando o sol está do lado de fora,
    mas quando a escuridão chega, sua verdadeira beleza é
    revelada apenas se existir luz no interior."

    Beijos mil
    a rosa amiga
    Iana!!!

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  49. Vieira Calado,
    Um tema delicado e controverso.
    Este "Post" mexeu comigo.
    Bom fim-de-semana.

    Um abraço,

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  50. Como me lembro bem desse livro e como me marcou na época em que o li!
    (Era adolescente na altura...)

    Devo confessar que entendo, agora, o "óbvio" do teu poema.
    Da minha parte, obrigada pela explicação.
    :)

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  51. Deixo aqui o meu abraço, mas a relação é absurdamente mórbida... :-)

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  52. Amigo, gostei de recebê-lo no meu Cantinho, obrigada pelo carinho sempre!!!
    Quanto ao seu post, sou totalmente contra a pena de morte.
    Beijos e um gde abraço!

    P.S. Parabéns pelos poemas!

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  53. Pois , eu ainda me lembro e li e tenho o livro da cela da morte
    Bom fim de semana com saudações amigas

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  54. Só os mais velhos ainda se lembram disso. Todavia, o problema da pena de morte continua. Lamentável que o homem caminhe no espaço em busca de outros seres e não tenha aprendido a respeitar a vida do seu semelhante.
    A poesia não tem idade nem tempo, é por natureza intemporal.

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  55. obrigada pela sua visita ao meu cantinho, assim tive o prazer de vir aqui ter e voltar sempre.
    Também me lembro muito bem do caso, pois nessa altura apaixonou todo o mundo, pelo mau sentido claro, o homem da lanterna vermelha ficou na história, mas resta saber se ele estava inocente, como sempre disse, isso jamais se irá saber.
    Infelizmente a pena de morte continua, mas cade vez há mais violência, é preciso reflectir e mudar essa lei tão primária e horrível, pois a vida é muito mais que isso.

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