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É o vento a interpretar o verdadeiro desígnio destes campos,
migalhas de pó que se transportam ondeando as ervas e os matos
para um tempo breve, onde dispor um incêndio, junto ao corpo
das excessivas lembranças, no anónimo exílio das cidades.
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a asa dum insecto que se recorta no azul perdurável da terra.
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o estorninho escondido dos olhares, desconfiado dos destinos.
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deste pastor imperturbável às formas fulgurantes do silêncio
que soa entre as árvores, o trânsito liberto, perpétuo, das seivas,
a exacta, útil degenerescência do conceito urbano de solidão.
em Terrachã, ed AJEA/2004