......Casas #3
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Também há uma rua sem nome, na cidade:
um caminho obscuro, em laje de basalto
cheio de perplexidades e redundâncias,
com um arco-íris num dia sem sol
.
um caule tardio na incerteza dum pátio
ou a cicatriz duma lâmpada, no escuro
das casas disformes, desfeitas em barro.
.
É uma rua estreita habitada por sombras
de fogos extintos, numa transparência antiga
própria dos répteis que abalaram o planeta.
.
Não tem nome nem crisântemos às janelas,
é uma rota obstruída pelas ladeiras do sal
ponto de referência, aliás, da tranquilidade.
.
em "Causas de Habituação", a publicar
Bom dia, Vieira!
ResponderEliminarQue o seu domingo seja muito gostoso e cheio de paz!
Fico muito feliz quando você visita os meus blogs. Você pode acompanhar as atualizações e escolher aqui, dentre os vinte, qual o tema que mais lhe interessa:
http://blogsdasoniasilvino.blogspot.com. Ou... visitar todos e me fazer uma blogueira imensamente feliz.
Blogar me dá muito prazer. Visitar seu blog me dá muita satisfação, pois gosto das suas escolhas ao postar aqui. Receber as suas visitas é o maior presente para mim. Cada dia, ao ligar o notebook, espero sua visita ansiosamente, pois adoro você.
BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
Machado de Assis
-Bjkas, muuuuuuuitas!-
«Também há uma rua sem nome, na cidade:
ResponderEliminarum caminho obscuro, em laje de basalto
cheio de perplexidades e redundâncias,
com um arco-íris num dia sem sol»
Neste momento estamos a passar pela rua sem nome em dias sem Sol.
»O meu alimento é fazer a vontade de DEUS PAI»
Lindo este poema, belo mesmo.
Bem-haja
Forte abraço
Mer
Bom dia
ResponderEliminarUma rua sem nome:
É uma rua estreita habitada por sombras
de fogos extintos, numa transparência antiga
Parabéns pelas palavras maravilhosas que formam esta rua e a marcam pela cicatriz de uma lâmpada.
E nessa rua moramos todos, ou por lá passamos um dia...
ResponderEliminarGostei muito, como sempre!
Um abraço
Uma rua em que só habita as lembranças.
ResponderEliminarLindo poema poeta.
beijos
Talvez sejamos os únicos espectadores desta rua, se a deixassemos de ver, ela morreria.
ResponderEliminarLindo!
Um abraço!
Siempre hay alguna calle sin nombre, alguna ruta sin destino, la oscuridad en medio del camino, pero por suerte el arco iris sale y con el la luz que cambia nuestros días y hace que la sombra se convierta en luz.
ResponderEliminarBello
Un saludo
É bom que haja pontos de tranquilidade.
ResponderEliminarAbraço
Poeta,
ResponderEliminaressa rua sem nome faz-nos entender que todos, mas todos, passamos por estágios onde o sol parece não brilhar....mas há sempre um arco-íris que nos espreita e nos consola.
belo poema!
abraço
Gostei muito, Vieira!
ResponderEliminarBeijos.
Uma rua de tranquilidade... é mesmo para essa rua que eu vou morar. Não quero lembranças, desilusões, mágoas... nada, só a rua e o momento. o céu e as estrelas. Beijo meu
ResponderEliminarO mais importante não é o nome da rua, mas sim a tranquilidade que posso oferecer a quem por ela possa passar.
ResponderEliminarBeijinhos
Ceiça
Muito bonito o seu poema da "Rua sem nome"! Faz-me lembrar o poema da minha amiga Florbela Ribeiro,
ResponderEliminar"Rua da ausência".
Os olhares desprovidos
De afectos e compaixão
Vagueiam perdidos
Por entre a multidão.
A fragrância da vida
Passou a habitar
Na Rua da Ausência
Paralela à Travessa da Saudade
Dentro de um coração vazio.
Dizem as pedras
Vizinhas em surdina
Que o amor partiu sem avisar.
Dizem que ele foi
Para lugar nenhum
E ninguém mais o poderá achar.
Mas não terão sido
Esses olhares perdidos
Que de tão endurecidos
O expulsaram daqui?
Poema de: Florbela Ribeiro A. Silva
Se quiser ver os poemas da Florbela, ela é minha seguidora!
Beijinhos e boa semana
Tranquilidade que contrasta com toda a descrição da rua. Daí ser o ponto de referência, presumo...
ResponderEliminarUm beijinho.
Meu querido Poeta
ResponderEliminarSimplesmente belo este poema.
Tantas ruas sem nome, tantos corpos sem alma.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Olá
ResponderEliminarSinto-me nessa rua sem nome...
Bjs.
Inevitavelmente, todos passamos por essa rua sem nome, porém, ela nunca foi tão bem elogiada, como por ti aqui descrita.
ResponderEliminarGrande abraço!!!
numa rua sem nome...
ResponderEliminara rua da nossa viagem, onde as sombras se encontram...
beijinhos
Bela rua, com certeza! :) Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarSaudades de cá passar.
ResponderEliminarComo sempre...muitíssimo bom.
Abraço
Seremos nós a confluência de tantas e tantas ruas sem nome?...
ResponderEliminarAbraço
(bonita, a poesia)
Ruas sem nome
ResponderEliminare gente anónima
tantas vezes excluídas
da civilização
e do pão.
Qua a tranquilidade nunca se faça ausente.
bjins
lindissimo
ResponderEliminarAcho que ja vivi numa rua assim
Poeta querido!
ResponderEliminarSeu poema me fez lemrar as ruas de Lisboa. Creio que não outra cidade no mundo com nemes de ruas mais pitorescos. Lindos!
Poema... uma rua sem nome, sem crisântemos. Bonito, mas um pouco triste.
Beijo
Que interessa o nome...se a rua nos leva...nos traz...nos sossega...nos diz...
ResponderEliminarE o poema acontece...com nome.
Abraço
Pela forma e pelo conteúdo este poema é de mestre.
ResponderEliminarbeijinho
Belo universo retratado no poema
ResponderEliminar=D
...aqui nesse velho peito
ResponderEliminartambém existe uma rua
mas tem nome de saudade
pela eterna ausência tua.
Teu poema me transporta a um passado de saudosas lembranças.
É muito gratificante passar por aqui, meu amigo.
Grande abraço.
..uma rua esquecida....sem nome....sem flores......sem sol, é aí que todos chegamos quando mais ninguem se lembra de nós!
ResponderEliminargosto do seu poema e obrigada pela visita ao meu blog, gostou da praia? Vá lá, enquanto existe sol, enquanto tem nome, enquanto todos sorriem para nós!
bjº HELENA
Amigo
ResponderEliminarFazes das palavras o que queres e assim consegues dar-nos belos momentos de poesia e encanto.
Quanto ao comentário que deixaste no Farol, no post dos prémios, é claro que podes trazer para aqui o "Prémio Amante Literário" (uma vez que já tens o "Prémio Dardos"). Será um prazer para nós vê-lo aqui no teu blog.
Beijinhos e abraços dos amigos do Farol.
Oi Vieira,
ResponderEliminarAinda assim, é uma rua. Condutora...
Um abraço,
Há sempre uma rua sem nome nos nossos percursos!
ResponderEliminarAbraço
poderoso e belo. teu poema...
ResponderEliminarabraço
A NOSSA VIDA É UM LUGAR NA LUZPostado por vieira calado em 2 junho 2009 às 22:39
ResponderEliminarExibir blog de vieira calado
.A nossa vida é um lugar na luz, um artifício
da sua transparência, uma vertigem volátil
na redundância dos ares que respiramos.
Somos submergidos pelo eterno tambor do tempo
e habitamos a sua fronte nua, o limbo cristalino
das suas mãos feitas de água, a bruma absurda.
Vamos desbravando um caminho austero, interino,
com um silêncio inquieto manchado de murmúrios,
a cinza anónima, perecível, do cristal que fomos.
Essa é a nossa condição, o declínio da claridade
que inunda os espaços onde soa a dúvida
de não sermos senão a imagem virtual da ideia
que temos de nós mesmos, do que julgamos ser.
É excessivo este julgamento, mas é o possível,
porque não conhecemos outra alquimia
para explicar o sossego dum morto, recém vivo.
em "Por detrás das Palavras", ed. Mic, 2002, esg
Essa rua sem nome é tranquila, então gosto dela.
ResponderEliminarBjs
Hoje desci à minha rua meus olhos
ResponderEliminarE lembrei-me do entardecer, demorado
Em Estios, e quando me invadiam choros.
E pensei que chorei tudo em criança
E chorei como chorava de infância.
______
www.mmeloup.wordpress.com
Caro Amigo Vieira...
ResponderEliminarAdorei este texto... aliás como todos os outros...
Uma semana cheia de letras...
Saudações poeticas
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarpode não ter nome (a rua)
ResponderEliminarmas há ruas com nomes inventados.
essa deve ser a rua dos poetas.
beij
A tua rua, mesmo sem nome, é melhor que a minha, pois até tem um arco íris num dia sem sol, embora embora também esconda sombras de fogos extintos...
ResponderEliminarUm abraço amigo.
Olá Vieira, salve!
ResponderEliminarAqui está dodecassílabos ainda existem.
Ave!
Oi! Obrigada pela visita, mas não entendi o pedido de desculpas, porque não vi nenhum comentário falando dos "Santiagos".
ResponderEliminarBeijinhos
Ceiça
Uma rua sem nome...mas mesmoa assim com um arco-íris num dia sem Sol!
ResponderEliminarMais um lindo Poema!
*
ResponderEliminaruma rua sem nome, a
lembrar o rebordo das avenidas !
,
um braço,
,
*
Não interessa o nome .
ResponderEliminarImportante é a tranquilidade e redundância de um arco iris com sol .
Julgo que todos já passamos ou passaremos nesta rua .
Um beijo ,
Maria
Um dia esse sal derreter-se-à...e limpará tudo.
ResponderEliminarTens poemas lindíssimos.
Deixo um beijinho doce e um convite para ires visitar-me ao
http://vemsonharcomigo.blogspot.com/
:))
Para mim, essa seria a rua de calma, sossego e apaziguamento.
ResponderEliminarQuem me dera!
Um abraço, Vieira.
Percorro esta rua, sentindo a essência de um poeta!
ResponderEliminarBeijo doce
Como sempre fico perdida nos teus poemas! Lindo!
ResponderEliminarJhs de carinho
Uma rua sem nome: um lugar de sossego ou solidão?
ResponderEliminarUm beijo, amigo Vieira.
Uma rua sem nome continua rua
ResponderEliminarapenas perdeu bilhete de identidade
passa pela minha vida, pela tua
é uma rua que não tem idade...
mas moram nela, segredos de antiguidade!
(a 16 de Maio fiz anitos - será que esta rua, sabe da minha cidade? :))
beijos
Mais um belo poema este que nos fala numa 'rua sem nome'... Gostei!
ResponderEliminarBeijos,
AA
Tantas ruas sem nome que albergam gente desconhecida, desconhecida deles próprios
ResponderEliminarbeijinho
Olá Primo amigo.
ResponderEliminarHá nas casas em ruínas
um encanto abismal
pergunto-me o que terão elas
que deixam minhas lágrimas
em sal!...
Gosto de casas em ruínas, não pelo estrago mas pelas recordações que possam ter...imagino quem lá viveu, quem eram, haveria crianças, velhos? ah...
bela poesia..abraço da laura
Ruas também habitaçoes.Sem nome,largas ,esteitas ,floridas, sujas , são ruas .
ResponderEliminarGosto delas. Remetem a lembranças.
De gente .
abraços Vieira
Rua sem nome, sem número, rua desabitada, esquecida, nela hoje niguem mais habita. Um dia foi palco de grandes alegrias, nem sei se ainda é possível chegar a essa rua, o tempo cessou-lhes o caminho, não restou nem veredas, seu último morador se foi levando junto o último referencial de vida, o dono de um coração triste.
ResponderEliminarAmei seus versos, me arrisquei a comentar, desculpa a ousadia.