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Anuncia-se num ciclo de crepúsculos efémeros
a velocidade do tempo, o seu fluir fantasmagórico
indiferente aos ecos, aos espasmos dos corpos.
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É o cerco usual das evocações extintas
em outras cerimónias de exaustão, fogueiras
transformadas em pedra, vestígios de vertigens.
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Ilumina as neblinas com um prelúdio de sinais
que escondem o rasto das coisas, o seu halo
redundante, como um violino voando ao vento.
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E esvanece a sedução dos tranquilos dias, na voz
duma espiral em desequilíbrio, na nudez das horas,
um pântano onde caem as pétalas duma flor vazia.
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em "Por detrás das Palavras", edição MIC, Estoril, 2002, esg.
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A 2ª edição está para breve, no Brasil.
Oi Poeta...quero agradecer a sua visita no meu blog...fico honrada!
ResponderEliminarLindo demais o poema!!!!
"na nudez das horas,
um pântano onde caem as pétalas duma flor vazia."
Maravilhosa!!!!!
saudações!!!!
Zil
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e eu cá, de minha janela, a observar tudo isso, na esperança de um novo dia, que exale o teu perfume..
ResponderEliminarbjs.Sol
«Esvanece a sedução dos tranquilos dias, na voz
ResponderEliminarduma espiral em desequilíbrio, na nudez das horas,
um pântano onde caem as pétalas duma flor vazia.»
Porque será, que me transportou ao nosso Pais actual?!
Abraço
Mer
Uma leitura interessante.
ResponderEliminarBeijooO'
o crepúsculo sobre o atlântico... fugindo dentro do mar!
ResponderEliminarmuito lindo!
beijinhos
Poeta Vieira Calado,
ResponderEliminarum poema que forma uma nítida imagem no leitor. Feito com arte e bonito, sempre.
Carinhoso beijo, amigo.
Duro o passar do tempo na vida nossa e a consciência disso é mais dura ainda.
ResponderEliminarBom saber da segunda edição.
beijos poeta.
efémero o tempo, assim as horas, os crepúsculos. mas o crepúsculo, esse momento do entardecer em que o sol ainda arde no céu como que evidencia a perenidade e mutabilidade de mais um dia que passou, dos corpos exaustos, das paisagens mudadas, das vertigens e dores vividas, das flores agora murchas. tudo vai sendo passado, destinado à memória e como que inevitável - até as vertigens, desequilíbrios, pântanos em que o país vive, onde os corpos não encontram mais do que um vazio e um crepúsculo perpétuo.
ResponderEliminarabraço, poeta.
Mais um poema de que muito gostei.
ResponderEliminarBeijo.
isa.
O crepúsculo para mim , apesar de triste, é lindo.Num acabar de tantas emoções e agitos vem a espera de um novo dia.
ResponderEliminarSeu poema me transmitiu a sensação de paz e continuidade da vida.
Parabéns. Encantada com sua poesia
Querido amigo, sempre o tempo, senhor de tudo, das horas, dos crepúsculos, das neblinas e da vida. Lindo poema. Beijocas
ResponderEliminarGostei do poema embora deteste o crepúsculo. Para mim, a aurora é a parte mais bonita do dia.
ResponderEliminarAbraço
Sublime este "Crepúsculo" - um rasto luminoso de palavras, no vestir o poema com a nudez das horas...
ResponderEliminarAdorei a "Viagem através da Luz", para quando a próxima viagem?
Um beijo amigo,
Chris
Belo Demais esse "CREPÚSCULO"!
ResponderEliminarUma espiral poética que desnuda as horas e traz um pântano com as pétalas vazias duma flor!
Que linda imagem!
Beijos, poeta!
Mirze
Teus poemas falam por si só, e eu fico aqui respirando tuas letras e pensando...perfeito!
ResponderEliminarBeijos Poeta
*
ResponderEliminarum profundo poema,
parabens,
,
abraço,
,
*
olá amigo! estou feliz com suas visitas. a estou te seguindo, achaste bonito meu selinho porque não levaste o teu? beijus tere.?
ResponderEliminarRSSSSS, o meu pc, está assim tamb ém.. bjus tere.
ResponderEliminarE chego nestes Crepúsculo anunciados pela velocidade do tempo, mas que são eles próprios um tempo de paragem e reflexão. Deixo os meus parabéns e votos de muito êxito para a edição brasileira.
ResponderEliminarBeijos
Passando para ver as novidades, e deixar os votos de uma boa semana...
ResponderEliminarSaudações poéticas
"um violino voando ao vento...
ResponderEliminarum pântano onde caem as pétalas duma flor vazia..."
Um Poema muito bonito!
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Um poema muito belo, como sempre.
ResponderEliminarBeijos.
Triste a queda das pétalas.
ResponderEliminarQue o som dos violinos as impeça de se esquecerem de si na margem do pântano.
Um abraço amigo
Ola Vieira Calado,
ResponderEliminarVim agradecer sua visita em meu blog e conhecer seu espaço.
Muito bacana tudo aqui.
Ficarei por aqui.
Um beijo,
Agradeço a sua visita.. :)
ResponderEliminarAbraço
Triste, o caír das pétalas numa flor vazia. E neste Crepúsculo á velocidade do tempo, mesmo indiferente aos espasmos dos corpos, eu lhe desejo o maior sucesso, para o seu livro querido poeta. Beijos com carinho
ResponderEliminarBelíssimo poema,
ResponderEliminarExcelente escolha, Vieira.
Um abraço
Há muito que aqui não vinha. Fui em quem focou a perder. Um abraço.
ResponderEliminarVieira,
ResponderEliminarPalavras que me entraram bem dentro.
Obrigada pelo momento.
bj
Excelente! Poderia analisá-lo como objecto de trabalho!
ResponderEliminarBeijo
Suas palavras dispensam qualquer comentário. Belíssimo!!!
ResponderEliminarBeijos de passarinho!!!
Senti-me agora a verdadeira Wicca, nas cerimônias e ritos...
ResponderEliminarUm beijo.
Magnífico poema.
ResponderEliminarGostei deste crepúsculo.
Abraço.
Lindo... Essas cerimônias são imprecindíveis, o ritual enterra os mortos.
ResponderEliminarÉ preciso. Vida exata.
Vê! Confiar na vida! :)
Obrigada pela presença encorajadora!
Abraço!
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Como são profundas essas palavras.
ResponderEliminarDestaquei essa parte: gostei muito.
"Ilumina as neblinas com um prelúdio de sinais
que escondem o rasto das coisas, o seu halo
redundante, como um violino voando ao vento."
Beijos.
Li há dois dias este poema, quis dizer algo, achei-me repetitivo e desisti. O tema do efêmero é recorrente na minha poesia, com o crepúsculo por coroa. Aliás, o poema todo usa imagens-símbolos que são também minhas - essa maravilhosa confluência de espíritos! - como a brevidade do tempo, o fluir, as fogueiras, a pedra, a vertigem, o violino (eu deveria ser músico... fiz uma série de poemas dedicados ao violino), o vento, o pântano, a flor. No meu último livro, com um "pouco mais de idade", tenho insistido no equilíbrio - talvez por medo desse "desequilíbrio"... E não é que, desequilibrado, sem nenhum motivo aparente, caí e quebrei o tornozelo? Vou bem, obrigado, mas de muletas.
ResponderEliminarUm abraço, poeta.
Brandão.
Que lindo blog Poeta! Obrigada pela sua visita ao meu Caderno de Poesias.
ResponderEliminarAbraços poéticos Karina
O tempo cobra seu tributo a despeito de qualquer tentativa de segurá-lo na beleza efêmera, nos momentos felizes,
ResponderEliminarou num amor que nos fascine. Melhor viver cada dia e não deixar a alma num eterno crepúsculo.
Meu caro, vim conhecer seu blog. Vim, vi e gostei!
Seu poema é intenso e triste, como uma alma que se deixou apanhar pela desesperança.
Te convido a conhecer o meu. Te espero por lá.
Beijokas.
Seguindo...
" sedução dos dias tranquilos..."
ResponderEliminarGostei muito daqui.
Obrigada pela sua visita.
Abs
Celamar
Poeta,o seu comentário no meu espaço muito me honra e motiva.Belo crepúsculo o seu.Belo como o violino voando ao vento.Um bom mergulho na serenidade que tanto precisamos.Um abraço.
ResponderEliminarOi Vieira Calado,
ResponderEliminarAmei o poema e ele veio junto com a notícia de que vai ser lançado por aqui! Por favor, me avise na época do lançamento.
Estava com saudade de vc e saudade de vir aqui.
Bjkas e um ótimo final de semana para vc..
http://www.gostodistonew.blogspot.com/
Actualíssimo!
ResponderEliminarBom fim de semana!
bjs
O seu poema me lembrou o tempo, as situações, que acontecem, independente do nosso tempo interno.
ResponderEliminarabraço.
Dificíl comentar um poema que fala por si!
ResponderEliminarBjs
Quanta perda nesse crepúsculo
ResponderEliminarquanta dor de flor pelo caminho
arrepia o tempo da nudez das horas
como se fora sinais do exausto caminho...
um pântano que enche de poesia
cada verso que constrói fim de dia
ai poeta,
temos de lutar pelas auroras
que amanheçam flores em belas horas
beijinhos e bom fim-de-semana
Caro Poeta
ResponderEliminarJá estava com saudades.
O poema é lindo como sempre.
Parabéns pela 2ª edição. Notável.
Grande abraço.
Isabel
Poesia assim dá gosto, saborear e pedir mais...
ResponderEliminarO fascinio da arte de bem escrever...
Bom dia Vieira!
ResponderEliminarJá fiz um passeio aqui no seu blog e me sinto honrada com sua passagem no meu Misturação.
Vou ver mais...
Abraços
Meu querido Poeta
ResponderEliminarSimplesmente soberbo este poema.
E esvanece a sedução dos tranquilos dias, na voz
duma espiral em desequilíbrio, na nudez das horas,
um pântano onde caem as pétalas duma flor vazia.
Adorei
Beijo
Sonhadora
Crepúsculo vertiginoso em poema de beleza natural.
ResponderEliminarBeijinhos.
Olá Poeta, parabéns pelo seu excelente trabalho, agora reconhecido, também no Brasil.
ResponderEliminarUm Abraço
Boa semana
poderia dizer muita coisa, ma não há nada a dizer perante a grandeza desta escrita.
ResponderEliminarSublime.
Bom fim de Semana
o crepúsculo
ResponderEliminarmove o músculo
da l(ira).
abraço, meu caro!
Pétalas que caem, um violino cujas notas voam ao sabor do vento...poesia que anuncia um crepúsculo envolto em neblinas...
ResponderEliminarUm beijo.
Por vezes acho mesmo que vivemos nesse pântano de uma flor vazia
ResponderEliminarBelo poema
Boa semana
bjgrande do Lago
Vieira, querido,
ResponderEliminarImaginei um violino ao vento encantando um pântano... A poesia tudo pode...
Beijos.
Uma coisa interessa muito a quem ama poesia, o que escreve "Por detrás das Palavras" e a forma como escreve.
ResponderEliminarSeu poema,como todos, está muito belo. O congratulo por esse caminho que tem percorrido e continua a percorrer...
Em face disso, tudo o resto é fantasia!
Gostei de o encontrar e lamento não
ter seu nome, nas pessoas que acompanham o que escrevo.
Em breve, muito breve, me vou ausentar e o último livro que escrevi só vai ser lançado em Fevereiro, quando voltar e se chama
"A Maré e a Bruma".
Lhe desejo felicidades pelo Brasil,
onde eu vou estar, pois tenho lá minha familia mais directa.
Agradeço sua presença no meu blogs,
Maria Luísa
Querido amigo; apesar do tom nostálgico do poema, uma beleza sublime...
ResponderEliminarBoa semana! Beijos
Querido Vieira; por favor, quando do lançamento, avise-nos e onde estará a venda. Obrigada!
ResponderEliminarBoa semana! Beijos
...Um violino voando ao vento só é possível nas palavras dos poetas
ResponderEliminarem tantas emoçoes passadas para nós
simples mortais...
E quando o crepúsculo chegar ao Brasil,avisa-me.
Boa semana
Eita!! Excelente, Vieira!! Muito bom!!
ResponderEliminar"Ilumina as neblinas com um prelúdio de sinais" ótimo
[]s
Estimado amigo poeta, agradeço a sua visita e peço desculpa pela minha ausência, questões de saúde tem-me impedido de estar mais presente.
ResponderEliminarGostei muito deste poema, e deixo desde já os meus parabéns pela edição brasileira que será um sucesso com toda a certeza.
Bjs
Sãozita
Obrigada por teres aparecido "lá"!
ResponderEliminar:)
Mas são ciclos de fins, por que muitas vezes deixamos de recomecar a busca da nossa velicidade?
ResponderEliminarFique com Deus, menina menino Vieira Calado.
Um abraço.
Gostei muito deste espaço. Os poemas são lindos, continue*
ResponderEliminarBravo Nilson
ResponderEliminarBelo poema!
Me despeço, até sempre.
Deixei no meu último poema, em
comentário, o que penso de todos vós!
Possa Deus iluminar nossos caminhos
Bom Ano
Feliz Natal!
Maria Luísa