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sábado, 3 de março de 2012

MANHÃS DISTANTES

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Ah manhãs distantes

da minha infância

como vos lembro e relembro

e choro e me entristeço

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Aqui

apenas me apareço

espectador dos outros e de mim

barco de rumo incerto

ao provir ou ao fim

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Leia também o conto "Carnaval", aqui

domingo, 26 de fevereiro de 2012

SEM TÍTULO (5)

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Um dia tenho que começar a organizar-me

eu que nunca me organizei em coisa nenhuma

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porque nada me carece ser organizado

e nenhuma coisa me pediu para ser organizada

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a não ser a teia de entender o que nada sabemos

para o modo e o método de simplesmente ignorar.

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Mas o tempo urge por debaixo dos pés onde há

um silêncio virtual preso aos rumores do vento.

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Tenho primeiro de organizar os rumores do vento.

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inédito