.
Do que eu gosto é da chuva e do vento,
tremores de terra, relâmpagos
que enchem os céus de luz e dúvida,
e enlevo, pela extraordinária energia
que fez a vida dos bichos maiores
e dos bichos menores,
.
ah, como eu gosto das tempestades
de neve e de areia,
os vulcões a jorrar
as entranhas do magma!
Também gosto dos sóis violentos do sul,
as enxurradas do rio
trazendo a lama e o húmus,
as árvores e o inverno
antes da primavera doutras ervas.
O que eu não gosto é ver
meninos de áfrica de pés trucidados
por granadas
e bombas B 52,
napalm,
odeio.
O que eu gosto é do sabor violento
dos grandes temporais do mar
galgando a terra
com as suas enormes cores de frescura
e fantasia,
o frio árctico das montanhas
dum deserto árido,
no meio duma floresta tropical,
adoro.
"O que eu não gosto é ver
ResponderEliminarmeninos de áfrica de pés trucidados
por granadas
e bombas B 52,
napalm,
odeio."
Gosto do poema também não gosto de ver meninos destrocados seja por que razão for
beijos
bel
Belo contraste entre a violência da natureza e a violência causada pelo homem
ResponderEliminaresmeralda
É feia a natureza dos homens
ResponderEliminarque provocam, envenenam,
sufocam o ar
dos pequenos seres
descalçados de vida.
Um beijo
Poeta, poeta! Ainda bem que ainda temos os céus, o mar, os ventos, todas as manifestações da Natureza
ResponderEliminarpara encher os "os céus de luz e de dúvida", através de tua poesia!
Um abraço
Ah!.... e como eu adoro ler-te, Poeta!
ResponderEliminarBeijo
Detesto ver sofrimento!
ResponderEliminarO olhar triste dos que nada possuem!
Estamos de acordo.
Nas maravilhas de que fala...desacordo total.
Mulher de Verão,o Sol é meu alimento,
a fonte mata-me a sede...
Vou por aí...
Beijo.
isa.
Também eu não gosto de ver meninos de África de pés trucidados por granadas...e vi muitos!
ResponderEliminarMas gostaria de ver o frio árctico no meio duma floresta tropical...seria interessante!Quem venceria?
Beijocas
Graça
Vieira, amo a natureza porém me dá tristeza quando vejo vítimas pela natureza enfurecida.
ResponderEliminarLindo seu poema, lindas suas comparações.
Grande abraço!
Há pessoas que têm medo da força da natureza. Já eu, como o eu-lírico, tenho medo da força irracional do homem... a natureza é sábia.
ResponderEliminarMaravilhoso poema, Vieira!
Abraços.
A violêcia da Natureza, existe para renovar e fortificar os solos, acertar arestas,chamar a atenção dos disparates que os humanos insistem em continuar a fazer...os humanos servem-se da sua violência para se satisfazerem e mostrarem o seu poder.
ResponderEliminarCumprimentos
Mer
O Homem é que causa medo!
ResponderEliminarA Natureza é sempre bela
pena de todos os que penam por Ela
nos danos causados, em segredo...
"frio...(no meio)do deserto...
duma floresta tropical"...
que lindo e original! ;)
meu beijo
É linda a natureza! Uma pena que às vezes ela tem se vingado de tanto ser maltratada. Muito lindo poeta. Bjs.Edna
ResponderEliminarÀs vezes estravagantes, às vezes polêmicos e noutras coerentes...
ResponderEliminarmas o que eu gosto mesmo é de ler os bons escritos de Vieira Calado.
Beijos meu amigo poeta.
Vade retro, mau agoiro! A recusa das catástrofes provocadas pelo homem não implica que se goste das catástrofes naturais!
ResponderEliminarAbraço
A força da natureza tem seus feitos e seus efeitos, esta bem. A força que o homem cria para destruir,não está bem.
ResponderEliminarbeijos
Olá boa noite. Notável forma de transmitir o poder e esplendor da natureza, e de nos fazer lembrar s atrocidades que se praticam sem cessar. Adorei sinceramente. Deixo um beijo.
ResponderEliminarCaro amigo poeta,
ResponderEliminarNão gosto da violência humana mas também me assusta a força da natureza.
Bela comparação fizeste !
Beijinhos
Verdinha
Fez um contraste entre a fúria da natureza que tudo arrasta, mas que consegue unir os povos numa só reconstrução.
ResponderEliminarO outro contraste, que ninguém quer
- os trucidados da guerra que separam os povos por ódios que destróiem mais que todas as fúrias da natureza
Um grande abraço e votos de uma boa Pascoa.
Os nossos gostos estão em consonância.
ResponderEliminarBeijinhos.
Gosto de tudo...
ResponderEliminare
não gosto de tantas outras coisas...
Mas gosto, sim, gosto muito.. de vir aqui!
Um abraço
Poema de contrastes, duro e violento aqui, "quase" terno acolá... não duvido que valorizando muito mais as realidades em confronto que o gosto do poeta: parabéns por mais este belo texto.
ResponderEliminarUm abraço
Vc está de parabéns pois conseguiu colocar em meio a tanta tragédia uma beleza inconfúdivel das palavras.
ResponderEliminarParabénssssssssssss.
beijokas.
Meu querido Poeta
ResponderEliminarBelo poema...quase o Sagrado e o Profano, que se misturam.
gostei muito.
Beijinhos
Sonhadora
Boa noite!
ResponderEliminarSuas palavras fizeram a chuva lavar o céu, encrespar o mar, trazer os ventos,rabiscar os raios cor de prata,retumbar os trovões...
Lembro dos versos de Amado Nervo, quando diz :
"Vai, barca da minha esperança. O naufrágio não se fez para ti!"
Também vim ver seu espaço. Adorei.
Fátima Guerra (Mellíss)
Belas palavras poeta, Amor e consciência.
ResponderEliminarObrigada por teu carinho, amigo.
Beijo.
Caro Poeta,
ResponderEliminarTambém gosto do gosto da natureza calma ou turbulenta. Também do que não gosto é dos cinicos matando crianças no engenho maldoso de quem espalha terror.
Abraço
PjCondePaulino
E nem podemos ter ilusão. Sempre haverá algo importante de que não gostamos. O mundo nunca mais está acabado. A vida continua na sua marcha, procurando equilíbrio. Uma Santa Páscoa
ResponderEliminarA natureza pode ser rude e violenta, mas é bela. Se há algo de que não gostoé de quem atenta contra a natureza ou contra a vida e o seu equilíbrio.
ResponderEliminarAbraço do Zé
O que eu gosto é de visitar o seu blog sempre que posso e em cada verso aprender uma nova lição...parabéns!
ResponderEliminarAbraço
As "tempestades" (des)humanas são de facto insuportáveis porque evitáveis.
ResponderEliminarAs outras, sendo naturais temos de as aceitar.
Um poema que se constrói em volta de uma ideia maravilhosa.
Gostamos das intensidades boas feitas pelas mãos de Deus...das intensidades causadas pelos homens, não gostamos, não são bem-vindas.
ResponderEliminarUm linda noite poeta.
Um beijo doce.
O homem/guerra cria, de facto, o pior dos cataclismos: a trucidação de inocentes. O resto: planeta vivo, apenas...
ResponderEliminarbj
Olá amigo e poeta!
ResponderEliminarEmpatamos no gosto!
As intempéries da natureza, são bem vindas, sempre.
A maldade dos homens, não!
Beijos
Mirse
EMOCIONANTE!
ResponderEliminarBeijos.
Amigo Vieira,
ResponderEliminarQuem não odeia ver os meninos de África morrendo de fome ou a ficar incapacitados para o resto da sua triste vida.
Odeio tudo o que odeias.
Beijos
Ná
Bom dia meu querido.
ResponderEliminarBeijokas.
Um grito de revolta... mas os nossos gritos de nada servem a quem alimenta a guerra. A ganância e o poder falam mais alto. Também não gosto de muitas coisas, mas gosto de o ler. Beijo meu
ResponderEliminarAs guerras existirão sempre, enquanto a ganância do Homem mandar. pena é que mandam na guerra a partir de gabinetes bem luxuosos e possivelmente com vidros à prova de bala. no meio de grande revolta, leio a esperança de liberdade, que nos mantém atentos e vivos.
ResponderEliminar( não conheço muitos pássaros, mas disseram-me em tempos que , neste parque, há muitos pardais, que não é o caso, e tentilhões, acho que é um tentilhão...)
Bom fim de semana.
Abraço.
O maior mal não é a violencia da Natureza...mas sim a dos homens...
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijo d'anjo
maravilhosa poesia, muito rica e bem construida, parabéns!
ResponderEliminarse puder me visite no meu blog também, ótimo fim de semana. Beijos
Muito lindo!
ResponderEliminarBjos
qual delas? das que estao ao lado?
ResponderEliminareu gosto de poesia que me faz pensar no que eu gosto e nao gosto , como esta linda que aqui tens
beijos
Paula
Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
ResponderEliminarNem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa
Um domingo de paz e amor junto aos seus!
abraço
"O que eu gosto é do sabor violento
ResponderEliminardos grandes temporais do mar
galgando a terra
com as suas enormes cores de frescura
e fantasia,
o frio árctico das montanhas
dum deserto árido,
no meio duma floresta tropical,
adoro."
Adoro!!!!!
Bom dia, querido amigo!
Feliz domingo
Beijinho
Bom dia amigo, cheguei até aqui por intermédio de outros blogs.
ResponderEliminarEstou ainda me adaptando a vida virtual, portanto estou aos poucos colhendo impressões e amigos nessa tal de blogosfera
Eu gosto e aprecio muito poesias como as que você tão bem escreve.
Que você tenha um domingo maravilhoso.
Beijo.
Bela antítese!
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Carmo
este poema vale pela mensagem nele incluida.
ResponderEliminargostei!
um beij
abraço, meu caro Poeta.
ResponderEliminarexcelente poema. bem actual. e necessário...
Você gosta é da natureza, do que é normal. Abomina a violência e é em sua poesia que expressa sua alma.
ResponderEliminarBeijo
Não há tempestade pior que aquela que o ser humano pode causar ! Excelente poema, amigo !
ResponderEliminarUm beijo.
como alguém já disse, significativo o contraste entre a violência da natureza e a do homem, embora a da natureza, cava vez mais (alterações climáticas) venha a ser causada pelo homem e a voltar-se drasticamente contra ele.
ResponderEliminarabraço.
O poema é belo e "forte", mexe com as energias do homem e da natureza,mas em ambos os casos a luta é sempre desigual.
ResponderEliminarUm abraço.
É bom gostar assim
ResponderEliminarForça poeta
Temos, decerto, opiniões semelhantes. E eu, amigo, gosto da tua poesia. Mas isto já sabemos, não é? :) Meu abraço, boa semana!
ResponderEliminarAh, a poesia de Vieira Calado... Encanta tanto pelo que é dito quanto pelo que exala. Como senti falta de seus versos!!!
ResponderEliminarBjs
A "violência" da Natureza é bela, já a violência do homem...
ResponderEliminarBons gostos :)
Fabulosamente soberbo o odeio e o adoro!
ResponderEliminarBeijos.
Pois bem poeta,
ResponderEliminaraqui estou nessa manhã
que vejo surgindo.
Venho de uma noite em claro
cuidando de um querido
doente em minha casa.
Ja compus 10 poemas de amor
pra uma encomenda musical e
agora seus versos me fazem companhia
até que tudo esteja
claro .
Amo tempestades, ouso olhar pro ceu e ver os raios riscando,
amo ouvir o mar rugir
e o som dos ventos.
Seu poema fala um pouco disso...
Acabo de ver a claridade entrando pela vidraça, chove em Pasargada...
Lindo dia .
Bjins entre versos muitos
e delírios