.
É urgente estudar as pegadas dos dinossauros
que por aqui morreram há milhões de anos
deixando no ar este frémito de angústia,
.
para algum ensinamento útil, alguma nova luz
sobre o comportamento das raízes febris,
mormente sobre a função do seu apego à terra.
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Nelas se reconhece uma ideia de passageiro
num alvo horizontal sobre o chão cercado.
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Têm a estrutura móvel, táctil, dum esteiro
organizado pelas ciências exactas do comércio
estratificado em paralelas camadas geológicas.
Roçam o paradigma da precisão geométrica
como as estátuas, insinuando os gregos.
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Explicam os tijolos feitos do barro nupcial
a curvatura vã do céu observado à noite
.
e são como um livro de sentenças insuspeitadas
que jaz na fronteira duma torre entreaberta.
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em TERRACHÃ, ed. AJEA
Sois um mestre-sênior em aula de sapiência por meio do inusitado.
ResponderEliminarBem, bem!
Olá, amigo !
ResponderEliminarE "São como um livro de sentenças insuspeitadas
que jaz na fronteira duma torre encoberta."
Bonito e perfeito.
Um beijo
Lindo como sempre...
ResponderEliminarEu vejo tua poesia.
Eu vejo mesmo!
Ela tem cor e forma,movimento também!
Muito obrigado por sempre me permitir nesse blogosfera admirar algo de tanta qualidade!
Beijos!
Ótimo texto...brilhante!!!
ResponderEliminarabraços
Hugo
É sempre um orgulho agradecer a quem nos dá algo.
ResponderEliminarMesmo que esse algo para muitos não tenha significado, para mim basta a sua presença no meu blog para que o efeito da gratidão tenha muito valor.
Quanto a este seu poema, só posso dizer que é um autentico Dinossauro no bom sentido da palavra.
Parabéns amigo.
Boa lição de paleontologia...........em forma de poema.
ResponderEliminarGostei muito, parabéns.
Um abraço
Zica
Que beleza! Muitos beijos.
ResponderEliminarOlá Poeta Vieira Calado,
ResponderEliminarÉ urgente ler-te, este poema está lindíssimo, e eu como nova nestas andanças, tenho muito ainda que aprender com pessoas como tu que escrevem tão bem.
Obrigada
Bjinhos
Céci
Obrigada por compartilhar a beleza das suas poesias.
ResponderEliminarHoje, feriado aqui no Brasil, Dia da Independência.
Tenha uma ótima semana.
Abraços.
No brilhantismo da tua escrita a ciência a transbordar ensinamentos.
ResponderEliminarFantástico
Adorei
beijinhos e boa semana
Literatura e história sempre andando juntas! Passado e presente dando a tônica da vida... Gostei da tua poesia.
ResponderEliminarAbraço
Bom Dia !
ResponderEliminarA urgência se faz presente sempre,
quando, pelo conhecimento
seja na antroponímia
ou na antropologia
para que a angustia não se torne
um gás paralisante.
Abraços com carinho a vc, Poeta Calado
É urgente mesmo, meu amigo.
ResponderEliminarÉ urgente olharmos o ontem, rumo ao amanhã.
Há quem diga que o ontem já não existe mais, tão pouco o amanhã ainda não existe... a mim parece-me que o que não tem consistência é este tempo presente, tão efémero...
Vamos sendo, passando... deixando pegadas... um rasto do que fomos...
Um beijinho de amizade *
Que caiam todas as torres, poeta!
ResponderEliminarÉ urgentíiissmo...!
Abs
Gostei muito. Tema diferente, para ser tratado por um poeta diferente. Parabéns
ResponderEliminarExcelente!
ResponderEliminarE o amor. O amor é também urgente...
Beijo
Pegadas de dinossauros...
ResponderEliminartal como outros sinais que nos vêm do passado
nos fazem pensar na nossa efémera vida sobre o planeta.
Boa semana
Bjs
OUTRA FORMA DE VIDA...ANTECEDEU-NOS A NÓS HUMANOS QUE ÁS VEZES SOMOS DEMASIADO ARROGANTES... JULGANDO-NOS OS SENHORES DA TERRA... E HÁ TANTO SOBRE O COMEÇO DA TERRA QUE NÃO SABEMOS...
ResponderEliminarBJS
para um dinossauro cheio de virtudes e beleza!
ResponderEliminarbeijinhos
Parabéns amigo. Só um grande poeta para fazer tão bela escrita, sobre um bicho tão feio... e refiro-me mesmo aqueles extintos há milhares de anos e não a alguns de duas pernas que pululam por aí.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Vc escreve bem.
ResponderEliminarTem talendo.
Maneiro seus blogs.
bjus
Meu amigo,
ResponderEliminarTu, melhor que ninguém, sabes o que é o Verão por estes lados.
Estou neste momento a tentar recomeçar as minhas visitas aos amigos - são tantos! - mas ainda lentamente que as férias estão para breve e aí sim, terei tempo para ler com toda a atenção.
Sabes que este é um poema daqueles que me subjugam pelas palavras, pelo gozo da palavra... e não vou destacar nenhum verso, não me atrevo.
Um abraço
As marcas do nosso passado são certamente pegadas de dinossauros.
ResponderEliminarGostei muito da originalidade
Olá grande poeta!
ResponderEliminarObrigado pelo comentário no meu cantinho. Voltarei sempre que possível, para me deliciar com tantos ensinamentos. De facto, é urgente recuar ao passado para perceber o presente.
Um abraço,
Judite
Estamos perante um dinossauro da poesia! é urgente aplausos...
ResponderEliminarbjs
Olá Vieira Calado,
ResponderEliminarÉ bom passar por aqui, apreciar seus poemas e aprender sempre um pouquinho mais com você.
Carinhosamente,
Dalinha
Sempre BRILHANTE !!!!
ResponderEliminarBoa semana
Original forma de escrita ! Parabéns!
ResponderEliminarUm beijo.
Amigo Vieira Calado.
ResponderEliminarPara além de ler mais um belo poema seu...
Deixo-lhe um abraço meu...
ZezinhoMota
Este roçar o paradigma na precisão da curvatura ascendente do poema...
ResponderEliminarUm forte abraço
Chris
Épocas distantes, outros tempos! bom falar sobre esse começo e só os poetas sabem faze-lo tao bem. Parabéns , poeta!
ResponderEliminarEssa "ideia do passageiro" me faz pensar em como passageiros somos aqui..
Boa noite, meu mestre.
Maravilhoso, Vieira, falar em poema sobre esses seres que tiveram sua era, mas deixaram suas marcas profundas.
ResponderEliminarComo a lembrança de também sermos passageiros de uma outra era.
O mesmo está acontecendo com tantos outros animais, e assim vai-se o princípio histórico e moral!
Parabéns!
Beijos
Mirse
Caro amigo: Tens razão no que dizes. Nos manuais de História do Ensino Básico ainda não contemplam esse momento histórico tão importante antes do aparecimento do Homem.
ResponderEliminarPassei por aqui também para não te esqueceres de enviar a tua contribuição sobre vinhos para aldeia da minha vida (era até hoje).
o email é:
aminhaldeia@sapo.pt
Bjs Susana
Oi Vieira me enche de prazer te ler...a beleza das palavras é humanizar a natureza em analogias de sentimentos humanos, vestistes o teu cenário de adornos metafóricos, evocando imagens belas que trouxesse teus momentos de reflexões e devaneios...mistura de magias produzindo encantamentos...
ResponderEliminaraplausos !!!
Beijos mil
Cá estou novamente, poeta, para dizer que infelizmente, não conseguí publicar teu comentário.
ResponderEliminarporque ao liberar a publicação, ele simplesmente SUMIU! Será que foi alguma falha do provedor?
Não sei, o fato é que lamento muito, porque gosto de receber tua visita!
Abs
És um entendido na matéria....e escrito desta maneira, nem encontro palavras para descrever..
ResponderEliminarMas está espectacular como sempre.
Beijos
Belo texto, uma homenagem muito pertinente.
ResponderEliminarTodos devíamos respeitar as nossas origens.
Abraço
Mer
Adorei suas poesias. São lindas, de verdade!
ResponderEliminarAbraços,
Sabrina
Meu Deus, o que dizer diante de tanta beleza? Não é a primeira vez que fico aqui lendo e relendo e não encontro palavras. Lindíssimo!
ResponderEliminarBjs
Depois de um grande interregno estoude volta a estas lides, não com tanta frequência porque o computador começou a cansar-me um pouco e tinha saudades das sebentas e dos lápis e escrever em qualquer sítio sem ter de andar com a máquina sempre atrás.
ResponderEliminarAbraço
Isabel
Uma imagética que nos faz pensar...
ResponderEliminarÉ urgente a beleza, como a das linhas que aqui costumo ler.
ResponderEliminarBeijinhos.
Adorei seu blog...seu post, voltarei sempre
ResponderEliminara pale
ResponderEliminarontologia
da
terra
*abraço*
Mais um belo poema, amigo! Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminar" E são como um livro de sentenças insuspeitadas
ResponderEliminarQue jaz na fronteira duma torre entreaberta "
E assim termina mais um belo Poema
Lindo Poema!
ResponderEliminarLindo Poema!
ResponderEliminarÉ um belíssimo poema sobre o signicado das pagadas, das suas falas, das suas mensagens, do nosso percurso transitório e eterno de mistérios e perguntas sobtre a terra. Olhar para as pegadas soa também como uma sentença. Inevitável. Cheia de silêncios e de ecos. Há os especialistas do carbono 14, mas basta a sensibilidade e a estética.É um campo em que a ciência vai de mãos dadas com a poesia e a arte. Um abraço.
ResponderEliminarCaro amigo, como sempre belo poema...Espectacular....
ResponderEliminarUm abraço
Amigo!
ResponderEliminarSinto-me incapaz de comentar o seu poema, tão preciso no conteúdo, na forma, não há o que comentar, é sempre precisa. Admiro quem entende tanto de tanta coisa. Dinossauros... acho que o meu sobrinho teria mais gabarito para comentá-lo. Traduzi livros sobre o tema, porém de péssima qualidade. Ciências Exatas. Minha primeira estada malograda na Universidade de São Paulo: Engenharia Naval. 16 anos, mal ingressara na vida adulta e me vi à volta de números e mais números. Por 1 ano, só aulas de Cálculo! Claro que abandonei, por Medicina, que abandonei por Filosofia. Depois, Letras. Vida já traçada antes do meu nascimento, conta o meu velho pai. Daí o meu nome, o meu mapa astral, a minha mandala, e a minha vida, que, por incrível que pareça, e que, por mais agnóstica que eu seja, parece que sempre esteve escrita nas estrelas mesmo.
Desculpe-me as divagações, mas foram efeito do seu poema, creia em mim.
Beijos de admiração,
Renata Maria
Caro Vieira Calado,
ResponderEliminarDe facto sempre que, aqui venho fico tão maravilhado que não saio daqui enquanto não ler o que escreveu mais cinco ou seis vezes.
Sempre fantástico!
Maravilhoso.!
Abraço enorme,
Rui Fernandes
Glória aos dinossauros!ainda conheci alguns...
ResponderEliminar(outros deixaram maecas indeléveis no percurso da História)
invejável poema.
abraço, Poeta.
Um poema muito belo e com um tema bastante original.
ResponderEliminarA ciência feita poema.
Parabéns.
Um grande abraço
Jóia! Muito bom! Acho que foi o melhor que eu li nesse blog.
ResponderEliminarAbraço!
Um poema a um dinossauro é boa ideia, gostava de ter conhecido um!
ResponderEliminarBeijinhos
"sentenças insuspeitadas", amigo.
ResponderEliminarQuem falaria assim dos dinossauros?
Um abraço.
Pegadas na fronteira do desconhecido. Palavras na fronteira da poesia.
ResponderEliminarUm beijo.
Sempre um bom poema encontro por aqui! Muito boa a proposta desse poema. Abraços!
ResponderEliminarCaro amigo Vieira,
ResponderEliminarSentia saudades de cá estar...
Venho ler-te e também agradecer
pelas visitas na minha ausência...
Abraços fortes
jinhos da rosa amiga
Iana!!!
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ResponderEliminarUm belo poema com um tema bem original!
Sim...Vivemos nas pegadas daqueles que já se foram!
Beijos de luz e o meu carinho...
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Uma angústia que parece ter percorrido o tempo como se os dinossauros ainda existissem...
ResponderEliminarSerá assim poeta?
Um beijinho.
...
ResponderEliminare são como um livro de sentenças insuspeitadas
...
Marcas deixadas na terra...como marcas deixam os seus poemas.
Só hoje li "Melancolia".É muito belo!
Abraço amigo.
"...estratificado em paralelas camadas geológicas..."
ResponderEliminarnão estaremos todos?
Deixo o meu carinho
um poema fantástico que mais do ´que dinossauros fala da nossa história enquanto humanidade
ResponderEliminarbeijo
Deixaram-nos realmente, uma porta entreaberta, por onde conseguimos ver, ainda, tão pouco... Marcaram uma época mas mereceram um poema com sensibilidade.
ResponderEliminarBom fim de semana, professor.
É realmente difícil encontrar as discurso certo para falar sobre a poesia que escreves. Marca-nos a ferro e fogo, rouba-nos o fôlego e deixa mudas as nossas palavras simples.
ResponderEliminarComo gostaria de ter nascido homem,(desde miúda que penso assim)para ser um animal nocturno como tu...embora hoje já não seja absolutamente necessário!
Boa praia para amanhã, aproveita a água quentinha.
diferente poema mas com um verdadeiro toque de vieira calado mago das palavras bom fim d esemana1
ResponderEliminarArtesão de palavras que constrói torres de esperança em versos grafados na alma.
ResponderEliminarParabéns e Sucesso em teu novo Livro!!
Abraço
Deixo hoje a concha onde estive hibernando durante algum tempo e venho agradecer as suas palavras e a sua visita.
ResponderEliminarGostei MUITO dos seus dinossauros; voltarei, mais demoradamente, para apreciar vagarosamente.
Abraço
Maria Mamede
Quanto conteúdo!
ResponderEliminarPoema diferente!
Um abraço!
O poeta faz a diferença no que escreve!
ResponderEliminarSublime!
Beijo
"um livro de sentenças"
ResponderEliminarcomo as pegadas
do homem sobre o futuro
________
um beijo
compreender a história da terra, as leis da natureza.
ResponderEliminarpoema muito bem escrito!
Gosto muito da tua poesia é simples e sofisticada ao mesmo tempo. Como é que pode isso?! Abraço
ResponderEliminar. do re.passar ao re.começo da passagem . da criação .
ResponderEliminar. que ampla aspira a curva .
. que des.criamos de olhos abertos a.penas pelo corpóreo dos dias .
. onde a alma é um estádio de sítio, e de espírito há tanto nada .
. "amei.de.amar" .
. um abraço .
[. re.volto para ler tudo ,,, até ao fim, aqui início perene e intemporal .]
Olá caro amigo.
ResponderEliminarCá venho outra vez inspirar-me nos seus poemas para riscar um dos meus pobres esboços.
O dinossauro.
Ele foi grande entre os grandes.
Foi predador sem pecado.
As pegadas dele fizeram recado,
aos humanos dos Himalaias aos Andes.
Este planeta dominavam,
o mesmo que agora chamamos nosso.
Era então o quero, mando e posso,
No tempo que ficou em vão.
Vaidosos há, que com essas feras se identificam.
Vaidosos há, que com qualquer grandeza se deslumbram.
Pouco informados eles são, quando não distinguem grandeza de grandiosidade.
Pouco informados são, aqueles que não aceitam a sua própria escala e só se guiam pela vaidade.
Um grande abraço
João Pedro Jacinto
www.jpjacinto.com