.
Um dia era era barco
..............................e
...........estaria certo?
um barco é só barco –
fluxo madeira ferro..... fluido bandeira ferro
louco sistemático livre no mar redondo
à espera
.
..................ah
eu era barco –
norte sem bússola..... forte sem música
e havia uma transcendência grave
na grande esfera.
.
Pouco ou nada
........sinais quadrados números
........finais princípios fumos
........ah
pouco ou nada..... ou nada.
.
........Vitórias vigília glória
........viragem ventos fúria
eu era um barco
vertiginosamente eu era um barco.....
só barco
só.
.
No barco..... um dia..... vento vertigem
do fundo da fúria..... a fúria do vento
a origem
.
..........ah
meu barco..... num dia..... barco
total.
.
Rugias oh vento
bramias oh fúria
meu casco partiu
oh frágil madeira
oh ferro já frio.
-
Lutei toda a noite
os meus passageiros
a carga fretada
................... ah
o porto distante
espera o teu nada.
Fui um barco meditando
.... morrer no meu posto na luta do dia
.....voltar ao meu porto..... e um dia
.....ah um dia..... na fúria do ciclo
.....entregue à sucata;
os meus passageiros..... deixá-los aqui
levá-los daqui ao porto distante
.....pra quê
.
.............ah
oh madeira oh meu ferro oh novíssimo nylon
......na luta do dia morrer no meu posto
......na fúria do ciclo voltar ao meu porto?
.............ah
TENHO DE LER A HISTÓRIA DO MUNDO
Belo poema.
ResponderEliminarDeixou-me a refletir.
Um abraço.
Se um barco falasse... Quantas histórias de conquistas e luta, tinha para contar...
ResponderEliminarum poema que recitei bem alto no silêncio do meu atelier. e como me soou!!!
ResponderEliminarabraço!
Lindo!
ResponderEliminarGostei imenso do seu poema!
Um abraço.
Um barco feito de vento e de vertigem. Belo poema, amigo Vieira Calado. Um abraço.
ResponderEliminarQue criativo!! Como sempre. Com muito para fazer e ver, o "Barcão" onde passei alguns dias, era romântico, mas só na varanda do camarote! Quanto aos portos, eram bem pequenos para o "XL". Valeram os salva-vidas! Um Abraço
ResponderEliminarSinto aqui uma nostalgia, um apego ao passado, uma vontade de voltar ao lugar de onde partiu...
ResponderEliminarBeijinho lhe deixo *
Tombou rijo, seguro ao leme, furioso que impotente contra a fúria que o soçobrou
ResponderEliminarUm tão perfeito jogo de palavras!! Parece fácil escrever assim...muitos beijos.
ResponderEliminarVieira Calado
ResponderEliminarExcelente.
norte sem bússola..... forte sem música
Abraço
E um barco é tudo a baloiçar saboreando as ondas e as águas ..o vento as nuvens e o sol ... de noite estrelas cadentes a iluminar a noite das águas ...
ResponderEliminarbeijinhos das nuvens
Interessante..
ResponderEliminarlindo!
ResponderEliminarV.Calado, não fez um poema... esculpiu um poema... deu-lhe a forma e deu-lhe alma! já não é só um barco...
um abraço e um sorriso :)
mariam
Os barcos também acabam... mas duram que se fartam... e voltam sempre ao seu porto (excepto uma...).
ResponderEliminarMas nem o mar redondo te fez temer tão arriscadas palavras (o poema não é fácil, mas à terceira leitura as palavras amainam e consegue-se zarpar para uma interpretação possível e plausível das tuas imagens poéticas).
Gostei, como é óbvio.
Abraço.
Ser barco no mar da poesia.
ResponderEliminarOie lindo! Maravilhosa construção poética! Todos temos que ser um pouco barcos nesse mundo. Assim navegamos em tempestades, em calmarias em dias ensolarados, tentando equilibrar nossa vida.
ResponderEliminarBoa semana! Beijos
Muito bom tudo aqui. Perfeito. Mais uma vez , parabens.
ResponderEliminarTenha um belo dia.
Maurizio
Adoro barcos
ResponderEliminare poema lindo feito de barco
remo e rimas
Abraço
Claro!
ResponderEliminarÉ sempre tempo de voltar a porto seguro!
Abraço
como eu queria ser barco pensador a voar ao sabor do vento e alimentando-me de maresia
ResponderEliminarbeijos
Sarava!
ResponderEliminarAté enjoei com a viagem...parecia mesmo q estava no barco;)
boa viagem!
beijosssssssss
:)
ResponderEliminarum barco garboso!
ResponderEliminare como as árvores ( e alguns nomes) morrem de pé.
excelente poema
abraços
Fantastico! sempre a escrever maravilhosamente bem.
ResponderEliminarBeijinhos
Ah muito bom! Apetece ouvir a voz do poema.
ResponderEliminarUm beijo.
O estilo hoje é mais longo...mas a inspiração germinal que descubro é a mesma...
ResponderEliminarMas hoje gostei também muito...
luminosa poesia cheia de filosofia.
abraço poético
Aqui há gato!
ResponderEliminarBeijinhos.
Aconteceu-me uma coisa estranha. Estava a ler o poema em voz alta, e de repente deixei de ouvir a minha voz e me pareceu ouvir o João Vilaret a ler o poema. Não sei explicar porquê. Talvez a força do poema, a formula ritmica, não sei.
ResponderEliminarMas hei-de voltar para relê-lo.
Um abraço
Gostei muito deste barco indeciso entre a honra e a vida inglória.
ResponderEliminarAbraço do Sineiro.
Vieira Calado,
ResponderEliminarDeixei-me levar por este seu barco... e a viagem foi magnífica!
Abraços e muitos sorrisos :)))
Grandioso, caro Vieira! Tem sextantes, astrolábios e bússolas em cada verso. Continue a tocar o barco para a frente, pois navegar é preciso.
ResponderEliminarUm abraço!
Sarava !
ResponderEliminarTens desafio/prémio no meu blog!
beijinhosssssss
Sementes no chão, nasce e cresce emoção
ResponderEliminarUm jardim sem flores não é jardim
O meu é, e, floresce a cada dia, mesmo estando ausente
Minhas maravilhosas flores me enchem de alegria....
Amigos (as) O meu muito “Obrigada” por fazerem parte desse meu lindo e encantado jardim, e por terem o regado sempre enquanto estive ausente... Ao ler os vossos recados, deixaram-me alegre e feliz.
Passei por dias difíceis, (saúde) é, a saúde dessa vossa amiga não anda lá muito boa e é por isso que as vezes preciso de me afastar.
Tenho dias que não consigo estar por cá e dar a todos os amigos leitores o carinho que tanto merecem, receber dessa vossa “Rosa Amiga” o cuidado, dedicação, amizade, carinho e atenção.
Venho agradecer a todos pelo carinho, apoio, dedicação, atenção e amor pelo meu espaço entre as flores e pela minha pessoa. “Obrigada”!
Estou voltando aos poucos, e espero mais uma vez a compreensão de todos se caso eu demore a responder ou visitar-vos, espero estar bem para então voltar a dar o melhor que sei dar a meus queridos (as) amigos (as)...
Beijos doces dessa sempre
Rosa amiga
Iana!!!
Excelente (como já nos habituaste) este jogo de palavras.
ResponderEliminarUm abraço
Caro amigo Vieira Calado;
ResponderEliminarApós férias maravilhosas num país maravilhoso, cá estou de volta para visitar os amigos e como sempre encontrar poemas fascinantes do amigo. E apreendi que os barcos, como as árvores e os homens,... também morrem e com eles histórias de muitas idas e voltas,... de ventos e tempestades, de mares calmos ou agitados, mas tudo... histórias de vida.
Um abraço caro amigo.
Bonito poema,com bom jogo de palavras!...
ResponderEliminarAbraço.
Senti-me em vagas calmas e tempestuosas, tal qual a vida.
ResponderEliminarAdorei vagar por estas palavras.
Grande abraço.
Mas tu que és barco não perdes o rumo, tens na mão o leme...Conduzes a bom Porto
ResponderEliminarFabuloso este teu poema
Bom fim de semana
Beijo
Poema bonito que me fez pensar no barco como um ser vivente, com sentimentos e como é fácil sermos substituídos. É triste mas é verdade.
ResponderEliminarUm bom fim de semana e
Um grande abraço
Meu caro Vieira, há quem diga que o melhor é o Calado. Mas, eu digo que, no seu caso, o melhor mesmo é o que escreves, mostrando a voz do coração.
ResponderEliminarUm abraço desde o Alentejo. Pjsoueu
Um dia foste barco... mas vejo que não andaste à deriva, sabias bem o que querias para onde ias e de onde vinhas. O tormento da sucata, todos nós vivemos, uns mais outros menos, isso depende das pessoas que nos rodeiam...
ResponderEliminarÀs vezes, o tempo passa depressa e, ao contrário do que se diz, sou de opinião de que se sinta a passagem do tempo...
Também às vezes lembro-me dos livros que ainda vou ler... sobretudo quando o trabalho aperta ou quando estou extremamente cansada, mas tudo se consegue...
Estou a tratá-lo por tu, não me leve a mal, mas ao escrever saiu-me como se o conhecesse há anos...
Beijinhos,
Graça Mello
A história do mundo resume-se a um barco que navega.
ResponderEliminar;)
Belíssimo poema, onde todos somos passageiros nesta nau de grande qualidade e valia, uma referência de qualidade em termos de estética poética. Boa semana com tudo de bom.
ResponderEliminarMeu amigo lindo! Passando para lhe desejar um bom fim de semana! Beijos
ResponderEliminarMais um bom poema que nos faz reflectir sobre a mensagem que nos transmite.
ResponderEliminarbom fim-de-semana
ResponderEliminarum abraço outonal
um mimo
e um sorriso :)
mariam
... espero que esteja bem (refiro-me ao post que escreveu em 5/09)
o prémio também é seu.
ResponderEliminarFaz favor de o lá ir buscar!
um sorriso :)
Meu caríssimo Vieira Calado,
ResponderEliminarainda hoje à tarde, eu e os meus filhos relemos os seus postais, aqueles que teve a amabilidade de nos mandar, emoldurados aqui no meu escritório caseiro : "o camaleão", "paisagem", e "o verde dos dias :)))". Tenho saudades suas. Vamos combinar darmos aí um salto. Pode ser ?
Um poema bonito a reler um dia destes...
ResponderEliminarBeijos
Vieira, meu amigo!
ResponderEliminarVim agradecer pela visita em meu blog. Vieira, a foto da árvore no post não é uma castanheira... Coloquei apenas para ilustrar o outono. Mas aqui há muitas castanheiras, são árvores bastante grandes e bonitas. Por hora as castanhas caem no chão e as crianças as recolhem para com elas brincar.
Abraço e bom domingo.
Que ritmo! numa antiga tradição. Belo!
ResponderEliminarDos poemas mais intensos e inteiros que já li! Um poema que falando de um barco, nos leva por mares nunca dantes navegados...
ResponderEliminar"Pouco ou nada
ou nada"...
Nem mesmo a tua mão na minha...
NADA!!
Beijos.
Poesia para ler, sentir, respirar, dizer e reflectir!
ResponderEliminarE a força das palavras venceu neste marasmo de gente apática em que se tornaram as sociedades humanas...
Bom contributo para acordarmos!
Parabéns pelo blog.
Abraço
Belo poemas, que nós faz reflectir...
ResponderEliminarbeijito
Outro abraço, e uma boa semana!
ResponderEliminarLamentavelmente não tinha tido, ainda, o privilégio de conhecer este teu mundo.
ResponderEliminarAgradeço me teres, por um comentário, dado a oportunidade de me deliciar.
É fora do comum existir tanta beleza junta.
Fiquei encantado. Vou ficar por aqui a ler-te.
Abraço
Passei...mais uma vez fiquei momentos maravilhosos no teu cantinho.
ResponderEliminarJinhos muitos
gostei muito deste poema e elogio a sua forma gráfica, com sugestões de movimento, ritmo,...
ResponderEliminarUma semana muito fixe para si.
ResponderEliminarFascinante!
ResponderEliminarUm barco que se afunda?
Um ser humano que se vai?
Um sonho que termina?
Tudo isso, talvez...
Beijinhos
Mariazita
Um mar de poesia, onde este barco não naufraga, navegando em palavras vibrantes.
ResponderEliminarabraço
.querido Vieira
ResponderEliminar.de
madeira
e
ferro
talhados-somos-todos-nós
________barcos.barqueiros.da.vida_____________...
excelência. a tua poesia
boAsemanA
beijO____C____carinhO
Já tinha lido, mas valeu a pena reler.
ResponderEliminarAbraço.
O que achei mais engraçado no seu poema foi o facto de a forma como dispôs os versos nos levarem a sentir o barco nas águas pelas quais o pôs a navegar. Um abraço e obrigada.
ResponderEliminarUm poema para pensar, mas lindo...Beijo...
ResponderEliminarbarco
ResponderEliminarà bolina
dentro
do peito
sulca-nos
Olá VC
ResponderEliminarObrigada pela visita!
Adoro poemas de barcos, tenho um no blogue e um outro já escrito mas não publicado.
Bom dia para si,
Stella
Amigo,
ResponderEliminarTomei a liberdade de me apoderar deste "Barco". Excelente!
Pode encontrá-lo em águas bem lusitanas.
Um abraço,
Lucília
Dos poemas mais intensos e inteiros que já li! Um poema que falando de um barco, nos leva por mares nunca dantes navegados...
ResponderEliminar"Pouco ou nada
ou nada"...
Nem mesmo a tua mão na minha...
NADA!!
Beijos.
28 de Setembro de 2008 12:18