AFONSO DOMINGUES - A ABÓBADA
................... Creio na geometria
...................no rigor da pedra
...................no obscurantismo
...................e na cegueira.
...................Que a luz se faça
...................no sótão
...................das vossas mentes
...................amén.
...........................inédito.
.
Este poema requer uma achega suplementar, especialmente dirigida aos muitos amigos brasileiros que visitam o meu blog.
Em 1388, para comemorar a vitória na Batalha de Aljubarrota, contra os Castelhanos, e como agradecimento pelo auxílio divino, D. João I encarregou Afonso Domingues de construir um mosteiro, próximo do local da contenda, onde já se haviam instalado os Dominicanos.
No entanto, algum tempo depois de começadas as obras, Afonso Domingues cegou e o rei resolveu entregar a obra a um mestre irlandês de nome Ouguet, convencido de que o português estava incapacitado para prosseguir a obra.
Ouguet modificou os planos iniciais, pois achava que a abóbada desenhada por Afonso Domingues era muito achatada e não seria capaz de manter-se.
No entanto, ao fim dos largos anos que demorou o empreendimento, dois dias depois de construído o novo traçado - da lavra de Ouguet -, a abóbada ruiu estrondosamente, pondo os frades em pânico, a esconjurar o irlandês.
D. João voltou a entregar a obra a Afonso Domingues que, apesar de cego, levou a o projecto até ao fim.
E para mostrar que os seus cálculos estavam certos, permaneceu sentado numa pedra, debaixo da “sua” abóbada, durante três dias e três noites. Morreu, pouco tempo depois. Mas a abóbada ainda lá está, enfrentando as vicissitudes do tempo e o correr dos séculos.
O mosteiro foi proclamado "património mundial" da UNESCO.
Em 1388, para comemorar a vitória na Batalha de Aljubarrota, contra os Castelhanos, e como agradecimento pelo auxílio divino, D. João I encarregou Afonso Domingues de construir um mosteiro, próximo do local da contenda, onde já se haviam instalado os Dominicanos.
No entanto, algum tempo depois de começadas as obras, Afonso Domingues cegou e o rei resolveu entregar a obra a um mestre irlandês de nome Ouguet, convencido de que o português estava incapacitado para prosseguir a obra.
Ouguet modificou os planos iniciais, pois achava que a abóbada desenhada por Afonso Domingues era muito achatada e não seria capaz de manter-se.
No entanto, ao fim dos largos anos que demorou o empreendimento, dois dias depois de construído o novo traçado - da lavra de Ouguet -, a abóbada ruiu estrondosamente, pondo os frades em pânico, a esconjurar o irlandês.
D. João voltou a entregar a obra a Afonso Domingues que, apesar de cego, levou a o projecto até ao fim.
E para mostrar que os seus cálculos estavam certos, permaneceu sentado numa pedra, debaixo da “sua” abóbada, durante três dias e três noites. Morreu, pouco tempo depois. Mas a abóbada ainda lá está, enfrentando as vicissitudes do tempo e o correr dos séculos.
O mosteiro foi proclamado "património mundial" da UNESCO.
VENHO A PEDIDO DE ALDA DO BLOG CRÍTICAS & DENÚNCIAS, SOLICITAR QUE SEJA ENVIADO O EMAIL DESTE BLOG PARA QUE POSSAS TER ACESSO ÀS CONTAS DO S.O.S. MISÉRIA. CASO JÁ TENHAS ENVIADO, FAVOR DESCONSIDERAR ESTE AVISO.
ResponderEliminarO email para o qual deves enviar o vosso é:
s.o.s.miseria@hotmail.com
Fica desde já o meu beijo e votos de um belíssimo final de semana!
Menina do Rio
É bom relembrar factos como este, para sentirmos que houve e sempre haverá portugueses capazes de levarem a cabo planos arrojados com sucesso.
ResponderEliminarBfs, abraço.
Sábias palavras, sábias palavras.
ResponderEliminarBom saber de fato tão importante para a arquitetura e história de Portugal - algo que está no sotão da história e que na atualidade nos serve de admiração.
ResponderEliminarBom fim de semana! Beijus
Que lindo, muito lindo mesmo!
ResponderEliminarNão conhecia o facto histórico que acaba de relatar. Sempre ouvi que o projecto era de Afonso Domingues, mas não sabia mais nada.
ResponderEliminarQuanto ao poema, apenas uma palavra. Amén
Bom sábado
Um abraço
Um lindo património, de todos nós:)
ResponderEliminarBom fim de semana.
Serenos sorrisos
Bela imagem , soberbo o poema
ResponderEliminarAdorei
Beijo de lindo fim de semana
(*)
Bela geometria...
ResponderEliminarAssim como é em cima, também é embaixo...
e que seja pedra reluzente...
Beijos de Bom fim de semana
SOLICITAMOS QUE VÁ AO S.O.S. MISÉRIA PARA VOTAÇÃO!!
ResponderEliminarPÁGINA METAS: - VOTAÇÃO DOS BANNERS
http://s-o-s-miseria-metas.blogspot.com/
PÁGINA SUGESTÕES: - VOTAÇÃO NO TEXTO DO PERFIL
http://s-o-s-miseria-sugestoes.blogspot.com/
Obrigada!
Vieira, minha primeira vez por aqui e me deparo com esse belo poema e uma explanação histórica enriquecedora! O poema sintetiza muito bem a energia desse homem cego, e sua fé na geometria! O mosteiro é lindo. O poema tem força, resgatar e ressalatar a figura desse homem. Muito bom!
ResponderEliminarBelíssimo post!
ResponderEliminarVerdades difíceis de aceitar...
Convicções que se impõem...
Cegueira que consegue vislumbrar...que deita por terra conceitos obscuros...
Deixo um beijinho!
Creio também no saber dos nossos Mestres, na geometria mas também na linguagem das flores simplificada pela sua singeleza.
ResponderEliminarTenha um bom fim de semana.
Saravá!!!!!!
ResponderEliminar**************
CARO VIEIRA CALADO,
ResponderEliminaruma "estória" que aprendi antes de saber História e sempre me comoveu!!!!
POEMA LIndo!!!!
BOM RESTO DE FIM DE SEMANA!!!
Qual é a sua opinião sobre a desconfiança?
ResponderEliminarfaça-se luz, então! beijinho
ResponderEliminaramém meu amigo
ResponderEliminarum poema-oração com fundo histórico.muito bom.
ResponderEliminarAssim é.
ResponderEliminarInteressante o poema, feito como se faz uma escultura e dentro de sua historicidade.
ResponderEliminarUm abraço...
Conhecia a história, deliciei-me com o poema que a ilustra.
ResponderEliminarAssim foi, assim será. O poder do "acreditar" .
Um beijinho
Eu creio nestas palvras que se fundem no chão da mente
ResponderEliminarSe, de facto, se delicia com a poesia, é só passar no meu blog para ler o último poema que penso publicá-lo. O meu obrigado pelo gentil comentário, caro colega e amigo...Até breve, Miguel Ângelo
ResponderEliminarP.S.- Gostei imenso de ter passado por aqui...
obra de pedreiro!
ResponderEliminarver para alem dos olhos. e alcançar a luz.
belo poema.
abraços
É maravilhoso estar aqui, amigo Vieira. Adquirir conhecimentos e o prazer da boa leitura. Obrigada
ResponderEliminarBeijo
Amén!
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana.
Meu caro Vieira Calado
ResponderEliminarEste episódio da nossa história aprendi-o há muitos anos, tantos que já nem dele me lembrava.
Poema curto e directo.
Uma boa semana e um abraço
José Gonçalves
Muito bonito. Pequeno, conciso e forte!
ResponderEliminarBoa semana, um abraço.
Gostei muito do blog e de certeza que vou voltar.
ResponderEliminarBoa semana. Beijo
Olá, Vieira Calado,,, obrigado pelo pós-poesia... Tenho devoção aguçada por prédios...
ResponderEliminarObservando a pouca luz que o interior dos templos propiciam,,, Mas que faz refletir elevação superior às abóbodas mais belas...
Belo patrimônio... E vivas à D. João I, mesmo tendo particular afeição por D. João VI, o farto... rs
Abraços e históricas invenções!
Abraços
E é um belo monumento.Estive lá em Agosto e andavam a restaurar os túmulos!
ResponderEliminarCumprimentos.
E é um belo monumento.Estive lá em Agosto e andavam a restaurar os túmulos!
ResponderEliminarCumprimentos.
Um mosteiro lindíssimo! Faço minhas as palavras do Nilson! Um abraço.
ResponderEliminarLei-o com a cegueira suficiente
ResponderEliminarpara que tudo se transforme em pura luz.:)
Deixo mimos
Independentemente da veracidade do facto, que alguns historiadores colocam em causa, há um pormenor muito menos conhecido da Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, que são as imagens situadas nos quatro cantos da mesma, junto ao lançamento das nervuras da abóbada. Três são imagens e uma, uma pedra por trabalhar. Sugiro que quando lá passarem as vejam, e tentem junto dos funcionários saber o que é que eles, segundo a lenda, representam. Eu não o vou aqui desvendar, mas é mais um pormenor delicioso que também ajuda a sustentar o que neste post foi dito.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Caro amigo Vieira :
ResponderEliminarCom este seu escrito , recuei no tempo até às aulas de história que o meu bom professor da quarta classe dava com tanto entusiasmo .
Já era velhote mas tinha o dom da palavra , da entuação e do ênfase . Hoje aqui o recordei e o vi , tal como há trinta e seis anos o via .
Estou grato pelo momento .
Boa semana , abraços .
Oie meu amigo lindo! Obrigada pelo carinho, viu? Adorei a explicação. Valeu demais! O Mosteiro é lindo!
ResponderEliminarObrigada Vieira por dividir!
Que sua semana seja de realizações!
Beijos
Muito bom, amigo! Boa poesia e cultura, no mesmo texto! :) Obrigado.
ResponderEliminarAdori o post é bom aprender sempre
ResponderEliminaramigo tem lembrança de Halloween no post do dia 28/10 ou pode pegar na coluna da direita em presentes p/ vcs caso queira
Aproveito para desejar uma linda semana Bjkas Mil
Muitos são os génios tidos como loucos...
ResponderEliminarGostei do poema.
Beijo
E vou aprendendo contigo meu caro amigo...não conhecia esta curiosidade mas é bom descobrir-mos a nossa cultura...
ResponderEliminarAbraço
Um poema muito bonito.
ResponderEliminarSaudações!
É bom recordar exemplos como o de Afonso Domingues até porque, no mundo presente, já não aparecem pessoas com esse elevado sentido de missão e honradez. Pelo menos a nível dos nossos políticos. O poema é lindo e sensível como são todos os de Vieira Calado.
ResponderEliminarSomos um povo com história e com tradições. Porém parece que este neoliberalismo cujos ventos também assolam Portugal está a tirar às pessoas tudo o que têm de bom. O que nos vale é este cantinho maravilhoso de Vieira Calado.
ResponderEliminarestive neste lindo lugar recentemente!!
ResponderEliminaradorei :)
boa semana
Olá ! Quando a gente entra na casa do poeta, puxa a cadeira, pega o café e escuta o som da sensibilidade à flor da pele.
ResponderEliminarVim dizer-te que no meu site tem novo post.
http://lua-brasileira@blogspot.com
Beijinhos poéticos;
Alda
Ainda me lembro do texto sobre este episódio, que o manula de história incluía, era qualquer coisa que terminava mais ou menos assim: "... Chegou assim o grande dia em que foram retiradas as traves dos simples que sustentavam a abóbada. Apenas foi deixada no centro da sala uma pedra onde ficou sentado Afonso Domingues. A abóbada não caiu e o velho mestre ficou sentado naquela pedra, sem comer nem beber durante três dias, cumprindo um voto que tinha feito a Cristo. Ao fim do terceiro dia, El-Rei recebeu a triste notícia de que o grande arquitecto português tinha morrido antes de proferir as palavras "A abóbada não caiu.... a abóbada não cairá!". Da pedra sobre a qual Afonso Domingues acabou os seus dias foi esculpida uma estátua em sua memória, que foi colocada na Casa do Capítulo, honrando assim um dos maiores mestres arquitectos de todos os tempos." in http://agnazare.ccems.pt/EB23LP/Lendas/abobada/abobada.htm
ResponderEliminarSão:
ResponderEliminarNão consigo comentar no seu blog.
Beijinhos.
Belo poema, bela história...
ResponderEliminarAh, sou arquiteta.
Um beijo. :)