.
Há sempre uma palavra dentro da palavra
um gesto por exemplo
ou o zumbir dum insecto a
levantar o vento morto
Traz uma mensagem fugidia uma essência
que luz ao ritmo do tumulto da claridade
só perceptível pelos reflexos da própria luz
transparente interior das coisas
A sua transcendência identifica o fogo
o perfil exterior e seus artifícios intemporais
E apenas se lê em sinais indicativos
de virtuosos alquimistas procurando o oiro
na flecha no círculo dum arco íris caindo
magnânimo sobre o cinzento da terra
.
em Por detrás das Palavras, ed. Mic
outro bonito poema, Vieira.
ResponderEliminarMuito bom, este poema.
ResponderEliminarUm dos mais belos dos que tenho lido neste blog.
ResponderEliminarAs palavras, digo, são uma arma muito poderosa se bem utilizadas.Mas podem ter consequências negativas ou positivas conforme a sua interpretação. Elas têm valor conotativo.Por isso, é que um poema pode ter interpretações diferentes.Mais uma vez, que belo poema!
ResponderEliminarA palavra que a palavra nutre e guarda... que os alquimistas lêem na flecha, no círculo... sobre a orla... gostei muito deste, Vieira Calado. Um beijinho
ResponderEliminarLindos versos meu amigo! Aliás, como tudo que leio teu. A palavra, realmente, tem força e muitas vezes, contém várias interpretações.
ResponderEliminarQue sua semana seja feliz!
Ah, quando encontrar uma solução para a remessa ao Brasil, por favor comunique, viu?
Beijos
acabei de receber a encomenda e já li o Merdock todo
ResponderEliminarAdorei !!!
Um abraço e logo me alongo mais
Claro que há sempre uma palavra dentro da palavra, mas para ti, pela excelente maneira como escreves, há muitas mais.
ResponderEliminarE este poema é belíssimo, pois claro.
Boa semana, abraço.
Amigo Calado. como sempre um belo poema,poesia nunca será demais.
ResponderEliminarBeijo boa semana Lisa
Adoro declamar, e esse poema é ótimo pra isso. Estou a decorar e tentando, inclusive, imitar o delicioso "sotaque" português.
ResponderEliminarabs do nil
Ha sempre uma palavra dentro da palavra...VERDADE amigo, nunca o tinha pensado!gostei muito.Obrigada pela visita ao meu blog e, ainda bem que nao dexamos os sonhos com os herdeiros, pois eles ja teem os seus proprios que por sua vez morrerâo com eles...Meu vizinho uma boa semana e um beijinho prateado da
ResponderEliminarSOL
Uma palavra sara, cura, afaga, mata...
ResponderEliminarE você em seus poemas me afoga nas palavras, que procuro lentamente absorver a essência.
Adoro o que escreves.
É de uma liberdade e claridade imensa!
Abraços!
Obrigado pela visita ao meu blog.
ResponderEliminarGostei muito de me passear por aqui.
Abraço
Sempre...
ResponderEliminarEm cada palavra, um universo, donde outra palavra sai...
Beijinho!
Perdoa a minha ousadia mas acho que pode haver várias palavras dentro de uma palavra!
ResponderEliminarBeijo,amigo...
Como sempre um prazer os textos que se encontram aqui.
ResponderEliminara evolução na continuidade, trilhando o caminho da perfeição...
ResponderEliminarUma palavra é sempre mais que os eu significado. É o que quem a diz quer dizer e o que quem a ouve entende. Tudo coisas diferentes, por vezes. **
ResponderEliminar«Há sempre uma palavra dentro da palavra»
ResponderEliminaresta a poesia da palavra, o seu dom de magia -
A magia do mergulho no interior da
ResponderEliminarpalavra.
Há um começo difícil, depois ondula, dá uma paradinha e se abre para o infinito.
Lá vai...junto o coração
Com certeza, há sempre uma palavra dentro da palavra... ainda que, às vezes, não cheguemos a entendê-la. Mais um belo poema, amigo!
ResponderEliminarAmigo Calada. Obrigado pelo comentário no blog,mas realmente algo esta mal,pois o calor não será assim tanto,mas outras coisas serão! certamente para esta situação.
ResponderEliminarBeijo de amizade LISA
Muitas palavras dentro de cada palavra... além do silêncio!
ResponderEliminarHá sempre uma palavra dento da palavra, e em cada palavra uma mensagem.
ResponderEliminarGostei.
Um abraço
Em silêncio te li, me levantei e aplaudi
ResponderEliminarBeijo de semana linda
(*)
Apreciei as suas metáforas
ResponderEliminar"alquimistas procurando o oiro"
Força poeta
são sempre belas as palavras
em particular
as que habitam dentro delas
sem artifícios
GOSTEI
Sentir de perto a letra e a boca...
ResponderEliminarUm beijo
E vamos atrás dos significados ocultos, da simbologia que as letras desconexas nos trazem.
ResponderEliminarAmigo Vieira Calado,
ResponderEliminarE é bom que se leia sempre, dentro da palavra e, nas entrelinhas da palavra.
Lindo o seu poema, como todos os que aqui nos deixa.
Beijinhos
eu disse "ADOREI"
ResponderEliminare vou divulgar associado a crónicas da época que tenciono publicar em breve.
Não sou de tempos tão recuados mas lembro que as meninas tinham recreio separado , tinham de usar bata e calçar meias chamadas de vidro ou soquetes e que por vezes a madame continua que estava à porta nos chegava a apalpar as pernas para confirmar se traziamos as tais meias de vidro....
AH! não nos era permitido usar calças mas um dia fizémos uma rebelião e toda a turma foi de calças . Claro q fomos chamadas ao conselho disciplinar e declarámos apenas que tinhamos frio o que deixou sem fala os respeitosos membros. Foi-nos então concedido o eXpecial favor de podermos usar calças nos meses mais frios...
Um abraço
Há sempre uma palavra dentro da tua / nossa palavra. Dás a tua palavra que se une à nossa palavra que l~e a tua palavra com a palavra que nossa é:)
ResponderEliminarFantástico:)
Serenos sorrisos
Palavras...palavras incontidas num peito ferido.
ResponderEliminarbjs
O caso Cláudia, não está perdido. Mandem Mails a esta gente e não só:
ResponderEliminargeral@embaixadadobrasil.pt
Mas não digas palavras doces. Carrega um bocadinho no português "marracónico": envergonha-os, que é o que eu faço.
Pede a outros blogues que façam o mesmo.
Abraços.
Uau! Não pensava encontrar por aqui (blogosfera) tão ilustre poeta do nosso Algarve!
ResponderEliminarVoltarei sempre para me maravilhar com a sua escrita.
Abraço
e é sempre neste encontro de palavras, que o vento arrepia.
ResponderEliminarMuito bom!
"...E apenas se lê em sinais indicativos
ResponderEliminarde virtuosos alquimistas procurando o oiro
na flecha no círculo dum arco íris caindo
magnânimo sobre o cinzento da terra
."
Boa terça
A palavra está sempre em todo o lado, noutra palavra, num olhar, num gesto ou até nas entrelinhas, basta que a queiramos encontrar.
ResponderEliminarDita por ti, cada palavra é feita de mil palavras.
Há sempre uma palavra, há sempre palavras, só que por vezes têm de ser pronunciadas no silêncio.
ResponderEliminarEstou a lembrar-me do professor que conversando com o amigo, foi incomodado (por haver palavras).
Um abraço.
Manuel
Passei para abastecer-me de tua poesia querido amigo...
ResponderEliminarLer as suas poesias é um privilégio.
ResponderEliminarPassar aqui é como abrir um livro com um cheiro magnífico a palavras e papel!
Abraço.
Existe sempre uma palavra dentro de outra palavra...
ResponderEliminarconforme o teu olhar/sentir...
existe sempre, basta existir...
até breve
Caro poeta,
ResponderEliminarAo ler este seu poema, belíssimo, recordei um meu, publicado num dos meus blogs antigos. Fui buscá-lo.
Deixo-lho aqui, como prova de apreço pelo seu trabalho:
"Por dentro da Alma da Palavra"
Em cada momento
em que as mãos deslizam
no teclado de um (des)conhecido alfabeto
e que as palavras voam velozes,
percorrem tempos matizes
de luz e de brumas,
em busca das suas próprias raizes...
Em cada fragmento de segundo
em que a alma das palavras
morde confessa as almas caladas
pela opacidade de um Mundo
mudo...
Em cada silaba sugada
em que a palavra desventrada
se encontra ferida aberta,
em que a vogal se entrelaça -
é a dor (en)coberta de um poeta -,
com o amor que lhe escorre em lava...
Ai, a Alma é a Arma
de quem, amando se desnuda
e silenciado se cala.
...por dentro da Alma da Palavra.
Mel de Carvalho, 28 de Janeiro de 2006.
os meus parabéns. persista. teime e continue que não deslustra de muita aventesma que por aí anda armada em poeta maior.
ResponderEliminarPalavra é simbolo;)
ResponderEliminar***********
Vim só deixar votos de uma boa semana!
ResponderEliminarCaro Vieira Calado,
ResponderEliminarComo é bom chegar aqui e encontrar
tantas palavras à nossa espera!!!!
Sentimo-nos quase poetas!!!!
"BRIGADOS"!!!
Um bocado intelectual demais.
ResponderEliminarAnónimo de Lagos
Gostei!
ResponderEliminarHá sempre uma palavra quando o vento murmura a essência do interior das coisas.
ResponderEliminarLindo Vieira... demasiado lindo e verdadeiro.
uma palavra dentro da palavra. sim.
ResponderEliminarsó que às vezes não se chega a ela.
ao âmago.
Beijinhos
Mesmo assim as palavras fogem, tanta vez! Belíssimo poema.
ResponderEliminarAs palavras sempre são um poço de ambiguidades. Por isso sempre trazem algo oculto, não dito, mesmo que tenha sido dito.
ResponderEliminar;)
Bj.
Há sempre uma palavra dentro da palavra e uma poesia transbordante em Vieira Calado.
ResponderEliminarE, belo!
ResponderEliminarestou sem palavras, com as suas quase cem palavras!
ResponderEliminarum abraço Mestre
Fiquei sem palavras...
ResponderEliminarBelo!!!
(*)
excelente poema. mais um...
ResponderEliminargrande privilégio ler-te.
abraços
Oie Vieira! A verdade é que fico sempre sem palavras, quando leio um poema teu.
ResponderEliminarBeijos
Há sempre uma palavra dentro da palavra...puxa que o doutor Vieira escrevendo lindo ! Pois foi o senhor recomendado como bom trabalhador e venho buscá-lo para iniciar o batente. Sem o senhor a gente não vai pra frente. O S.O.S.miséria precisa de sua força.
ResponderEliminarBeijinho
Alda
Belo poema, Vieira! A palavra dentro da palavra e ainda aquelas que povoam as entrelinhas...ambas gestos sutis a serem detectados. Gostei muito. Beijo pr'ocê.
ResponderEliminarAté que ponto o ser humano luta pelo efémero... Será essa a razão da existência humana?...
ResponderEliminar(A propósito do cão Merdok)
Uma profunda reflexão que a leitura me proporcionou.
Deixo um beijinho!
"O tempo escoa o tempo das coisas.
ResponderEliminarRói a fixidez dum morto,
como idêntica folha que vai ao vento...."
Tirada do livro que tão gentilmente autografou para mim.
Gostei de reler.
Felicidades...mas não deixe os céus.
Muito interessante a tua poética. gostei sobremaneira deste Poema às Palavras. Obrigado pela visita ao Casa de Paragens.
ResponderEliminarabraços
As palavras que nos tocam
ResponderEliminarComo se fossem dedos
Palavras de ternura e emoção
que se entranham na nossa roupa
mastigam o coração
há palavras nuas que beijam
Quando o arvoredo esconde um rosto,
Palavras que não entendem
As barreiras da distancia
que nao aceitam esse desgosto...
http://omundodomeusonho.blogspot.com/