Onde
inventar um caminho legítimo
para o
êxodo, uma porta entreaberta
respirando
o ar que vem da terra?
Os
muros da cidade sustentam-se
destas
incertezas, destas cortinas
de
fogo, este balbuciar de cansaços
imperfeitos,
tranquilos como fumo
esparso,
dispersando vozes alheias.
Não
nos inclina a dureza das pedras,
a sua
fiel sabedoria de intransigências.
Mas
tarde é inútil, para fingir exílios.
Hoje
já é ontem, para o fim indiciado.
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