sexta-feira, 4 de maio de 2012

O FRÁGIL DIA DE HOJE

 -
Tal como os passos dados na praia
o dia de hoje é frágil, apenas evocativo,
o chão onde cresce uma flor ambígua.
-
Tem o aroma bivalve, mediterrânico
de quotidianas algas sucumbidas nas areias,
traz notícias de longínquas luas derretidas
em pequenas conchas que habitaram sonhos.
-
É um espaço de presenças nuas que se dilui
na linha que separa as cinzas e o fogo,
.
mas é a margem onde escrevo as vozes suspensas
da minha veneração, da minha pura alegria,
.
do meu eterno desassossego na descoberta
        ..   pelo hálito concreto, fraterno, dos búzios.

21 comentários:

  1. quase todos os "hojes" nos são frágeis poeta, mas o encanto da tua poesia leva-nos até aos sonhos, à beleza da vida, pela qual passamos por vezes despercebidamente.
    beijo carinhoso, poeta amigo.

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  2. Belíssimo poema!
    "...um espaço de presenças nuas", fantástica metáfora!
    Abraço, Célia.

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  3. Que lindo! Mesmo sabendo que todos os dias são frágeis. Tudo pode acontecer. Inclusive quando tudo é incerto.
    beijos!

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  4. BELÍSSIMO o seu poema!

    HOJE
    estou aqui especialmente
    para lhe dizer que no dia
    2 de Maio fui ao Facebook
    desejar-lhe muitos Parabéns!
    ...
    Que todos os seus dias
    sejam felizes!
    sempre com saúde, paz e amor.

    Obrigada pela partilha.

    ..."Sonhos não têm que
    ser feitos só de
    homens e mulheres,
    chega-se a uma altura da vida
    em que há muito mais
    para viver
    porque tudo que se viveu
    antes
    não deixou de ser maravilhoso,
    mas há sempre sonhos novos,
    sonhos que englobam toda a humanidade e toda a vida,
    sem eles a existência
    seria um tédio imenso..."

    Beijos de carinho e amizade da
    Tulipa (Ester)
    4-Maio-2012

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  5. BELÍSSIMO o seu poema!

    HOJE
    estou aqui especialmente
    para lhe dizer que no dia
    2 de Maio fui ao Facebook
    desejar-lhe muitos Parabéns!
    ...
    Que todos os seus dias
    sejam felizes!
    sempre com saúde, paz e amor.

    Obrigada pela partilha.

    ..."Sonhos não têm que
    ser feitos só de
    homens e mulheres,
    chega-se a uma altura da vida
    em que há muito mais
    para viver
    porque tudo que se viveu
    antes
    não deixou de ser maravilhoso,
    mas há sempre sonhos novos,
    sonhos que englobam toda a humanidade e toda a vida,
    sem eles a existência
    seria um tédio imenso..."

    Beijos de carinho e amizade da
    Tulipa (Ester)
    4-Maio-2012

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  6. Espaços e tempos que passam e nós sequer os percebemos. Um grande bj querido amigo

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  7. Sim, o dia de hoje é frágil como será o de amanhã e o depois e o depois e por aí fora.Passam num sopro. Também os segredos são frágeis e só os búzios os sabem guardar.

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  8. Meu amigo, na "fragilidade" do poema vi sua força poética.
    Uma magia toma posse do encanto, é uma bela poesia Calado.

    Beijinho

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  9. Belíssimo!!! Como são lindas as coisas simples da vida, não é mesmo, caro poeta? Elas foram devidamente valorizadas e realçadas em seus versos. Parabéns!
    É sempre um prazer vir aqui.
    Cordial abraço.
    Ótimo final de semana.

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  10. e quando se descobre, o aroma é inconfundível, da presença marcante, de tudo o que se planejou..

    bjs.Sol

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  11. Belíssimas poesias Vieira!.. Parabéns por esse dom fenomenal que possui!

    Um beijo em seu coração...
    Verinha

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  12. Na maresia o som que os buzios susurram em nós...

    Lindo poema
    abraço
    cvb

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  13. Mais um lindo Poema com algas ,búzios e areia , para nos deliciar!

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  14. Na fragilidade do dia nos conta lembranças que sabem as conchas.
    Bela Poesia desse teu talento poético que nos encanta. Beijos!

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  15. Na verdade todos os dias são frágeis

    mais ainda os inventados

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  16. Grande Poeta Vieira Calado,
    Que poema belíssimo em que se sente o cheiro intenso da maresia que percorre os tempos e alegra os sonhos presentes na fraternidade dos dias.
    Beijinhos,
    Ailime

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  17. Bonito poema, bonita fragilidade!

    Abraço

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  18. Belíssimo! Saudações poéticas.Paz e bem.

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  19. Este poema me convida a caminhar nesta tarde cinzenta na orla da praia e depois sentar sobre as pedras com os pés ao alcance das ondas para contemplar o horizonte até desaparecer de vista.

    A gente sempre sente esta fragilidade em tardes outonais.

    Maravilhoso.

    Um abraço.

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