terça-feira, 11 de outubro de 2011

AS CORES DIZEM O TEMPO

.
As cores dizem o tempo,
o granizo que embranquece as arestas do granito,
o hortelã respirando pequenas flores de sabor a sul.
-
Ó a antiga sapiência das árvores
e dos caminhos
e da plenitude nas planícies de verdura!
-
Como não hei-de segredar o teu nome
ó bonina de incenso, em noites de paixão,
nos pântanos que parecem eternizar os teus segredos?
-
És o pólen e a cegueira
de espirais hipnóticas de paz e medo,
em águas nascentes de musgo e de frescura.
-
És a vertigem duns olhos feridos pelo orvalho
das manhãs, ao cair da tarde
.
e eu te invoco na busca dos limites
que fazem o fascínio, a vigília perturbada
do teu violoncelo  tocando ao vento.
...
-----em Poemas Soltos & Dispersos, 2º volume
. -----
       Veja também a nova postagem sobre "A Febre do Ouro"